Vivemos na era da tecnologia, na era de muitas avanços e invenções que realmente facilitam nossa vida.
Ao mesmo tempo em que temos a facilidade de uma lavadora automática, de um secador de cabelo, também temos a complexidade aumentando em nossa vida. Cada vez temos mais e mais coisas que prometem facilitar nosso viver. Mas será que isso também não nos aprisiona?
Nestas linhas, quero abordar com você como a complexidade pode deixar nossa vida mais difícil, ao passo que, se a simplificarmos, facilitamos nosso caminhar.
Desejos e afetos capturados
Com tantas invenções e novidades, nosso desejo é capturado por eles. Não faltam propagandas e ofertas que nos dizem a toda hora que um carro novo, uma casa nova, viagens, roupas ou um item novo irá fazer você se sentir mais completo. A vida se torna mais leve se você tiver dinheiro para poder consumir.
Não notamos que nosso desejo e nossos afetos são capturados por uma necessidade imposta a nós. Se não tivermos dinheiro para comprar, para ter um celular novo, para ter uma nova televisão, um novo computador, estaremos em sofrimento. Se nossas roupas estiverem gastas, significa que estamos passando por problemas. Então precisamos sempre ter roupas novas. Ficamos andando de um lado para o outro, achando que um novo lugar, uma nova compra, uma nova viagem nos fará felizes. Entretanto, esses prazeres são efêmeros. Basta olhar para um carro depois de algum tempo da compra ou para uma roupa já não tão nova. Já não há essa felicidade.
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Essa demanda faz com que achemos que a compra e o poder do dinheiro são aquilo que regula o mundo. Achamos que devemos aumentar nosso conforto, porque isso, sim, é vida. Assim vendemos nosso tempo durante a semana para podermos viver nas férias ou nos finais de semana. Afinal, isso, sim, é que é a vida.
Assim vivemos uma vida inteira sem sentido, sem significado. Acreditando que estamos fazendo algo importante ao comprar roupas ou coisas novas. Não percebemos que a felicidade não está nas coisas que possuímos ou compramos.
Podemos dizer que, ao buscarmos o conforto, nosso desejo fica capturado pela aquisitividade. Assim entramos em um ciclo de sofrimento, em que usamos as pessoas e amamos as coisas. Temos que inverter essa lógica.
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Podemos simplificar a vida, dando mais espaço para as coisas significativas e importantes. Podemos pensar em como podemos contribuir para a vida no mundo, como podemos estar mais perto das pessoas que amamos, como podemos cuidar mais delas e como podemos beneficiar todas as pessoas que estão a nossa volta. Essas são questões mais importantes do que qual roupa comprar?
Simplificar a vida significa entender que você pode comprar aquilo de que precisa e não o que é supérfluo. Para saber o que é importante o que não é, basta um simples raciocínio. Você tem um tempo de vida. Esse tempo você troca pelo dinheiro. Seu tempo de trabalho pelo dinheiro que usa. Quando for comprar algo, pense que é seu tempo de vida que você está utilizando para adquirir aquilo. Ele vale seu tempo de vida? Quanto tempo de vida você está trocando por isso?
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Se fizer esse exercício, começará a diminuir a aquisitividade e ver o quanto de espaço sobra para que seus afetos e desejos se liguem às coisas que realmente são importantes para você.
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