A felicidade é o principal objetivo em nossas vidas, é o que almejamos alcançar em todas as nossas ações. Mas você já parou para pensar que a felicidade pode não ser o destino, e sim o caminho?
Quero neste artigo trazer a você uma nova forma de enxergar a felicidade. Não a felicidade como objetivo e que tantos autores falam, mas sim uma felicidade como caminho, para que você conviva constantemente com essa felicidade.
Para que entenda o que eu quero dizer, neste artigo vou explicar detalhadamente o que é felicidade como objetivo e felicidade como caminho.
Felicidade como objetivo
Primeiro, temos que entender que a felicidade é um conceito de bem-estar e alegria. A pessoa sente-se muito bem e alegre. Desse modo, as pessoas que tem como objetivo a felicidade, colocam essa “conquista” em coisas e em lugares que devem chegar. Assim, pensam que a felicidade é ter um status elevado, um carro do ano, uma casa em um local paradisíaco, muito dinheiro em sua conta bancária, etc.
Contudo, esse tipo de atitude coloca a pessoa em sofrimento, pois na falta de seu objeto de felicidade, inevitavelmente, a pessoa sofre. Outras pessoas colocam sua felicidade nas relações e geram expectativas quanto ao comportamento do outro. Mas quando o outro se comporta de maneira inesperada, há então o sofrimento.
Felicidade como caminho
Então, se a felicidade não é algo que deva ser atingido, o que pode ser a felicidade? Segundo Matthieu Ricard, um famoso bioquímico que se tornou monge, a felicidade é uma combinação de como a mente funciona e de um estado de alegria plena no momento presente. É mais para um estado da mente do que um foco nos objetos.
Porém, constantemente colocamos a nossa felicidade nas coisas e não percebemos que podemos ser felizes com ou sem elas. A felicidade como caminho é compreender que tudo em nossa volta pode contribuir para a nossa felicidade, desde que estejamos de corpo e mente no momento presente. Dessa maneira a felicidade faz parte do caminho que trilhamos em nosso dia a dia. Se as situações estão favoráveis, somos gratos e compreendemos que elas são impermanentes (falo mais cobre isso no texto “O Sofrimento e a Impermanência”), ou seja, não duram para sempre. Agora se as situações são negativas, entendemos que elas favorecem o nosso aprendizado e que podemos tirar lições valiosas das dificuldades que aparecem em nossas vidas. Assim deixamos de colocar a nossa felicidade nas coisas e direcionamos essa felicidade para o nosso próprio ser.
Eckhart Tolle, no seu livro “O Poder do Agora”, fala sobre como encontrou a felicidade em seu próprio ser ao observar que o passado e o futuro são criações de nossa mente, enquanto que a única realidade existente é o momento presente. Quando focamos a nossa atenção no aqui e no agora, vemos que a felicidade está no caminho que trilhamos diariamente e não nas coisas que conquistamos ao longo desse caminho. Estamos perdendo muito tempo focando em coisas ao invés de olhar para o verdadeiro lugar de onde a nossa felicidade brota, nossos corações e pensamentos. Quando olharmos para esse local, poderemos nos conectar com essa felicidade mesmo diante das tempestades.
Confira também: