Detesto comparações. Logicamente, aquelas que causam dor ao comparado por saber que todos ficam sabendo que ele nunca poderá ser melhor, nem digno de tantas considerações porque não é, definitivamente, o outro.
E é aí que arruinamos nossa possível felicidade, porque, na maioria das vezes, gostaríamos de ser como o outro, ou até o próprio outro por inteiro. Isso se chama inveja? Muitos até acreditam que seja, mas é o desejo de fazer o outro acreditar que você é capaz de realizar façanhas homéricas tanto quanto ele e aí,sensibilizá-lo pelo inesperado.
As comparações se estabelecem desde os sons primeiros que um bebê detecta, o que visualiza, nos relacionamentos familiares e conjugais, no tom das cores dos cabelos, nos sapatos azuis e tudo mais que você queira comparar. O perigo está aí: quando as comparações viram neura, ou seja, tudo em função de igualar-se ao outro.
Só que o Universo não permite que isso aconteça, porque somos seres únicos, abastecidos de variadas potencialidades para realizarmos atos próprios, estabelecidos com sabedoria, se assim o desejarmos.
Ainda, outro cuidado constante se faz, quando se estabelece que o melhor seria que você, além de ter que ser como o outro, não age, não pensa, não fala, não estuda, não deixa de dar trabalho como o outro: aquele ser perfeito.
Essa semelhança chega a virar rivalidade. É sério! Quando minha mãe fazia essas colocações, para que eu fosse como minha irmã, eu lhe respondia, até sabiamente, que eu não era ela.
E isso me machucava muito, porque meus valores ficavam entulhados em um monte de mágoas. É lógico que não havia a intenção de nos rivalizar. Apenas o que vou chamar de uma metodologia inadequada ao fato. Sem medir consequências.
O ser único do Universo sou eu, é você, descobrindo valores brilhantes e férteis para a existência a que somos submetidos. Vamos usar as comparações em busca de nos elevarmos para sermos, se possível, apenas um exemplo de quem quer fazer, de cada momento, um novo aprendizado, uma nova conquista.
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