Escuto pelas ruas muitas frases cruéis, despidas de afeto e doçura, até ridículas por serem tão ofensivas. Falam provocações àquelas outras pessoas que se encontram distantes como se elas pudessem ouvir e sentir todas as mágoas dos lixos espalhados sem dó pelas ruas e jardins, becos e praias. Não riem das coisas engraçadas, nem choram das tristezas. Seria o óbvio. Esquecem e confundem sentimentos transformando-os em descaso. Uma guerra sem causa. Tiros dispersos e balas sem alvo acertando inocentes.
Mas, o pior e mais triste é saber que esses cenários envolvem seus lares. Homens e mulheres que um dia se amaram e juraram amor eterno envolvido em respeito verdadeiro. Filhos esquecidos, assim como pais dedicados hoje sozinhos e deletados em seus verdadeiros papéis dentro da família.
E não é que muitos preferem discussões e conflitos semeados enfaticamente para se tornarem grandes mestres e autores do ódio?
Para tanto, é só rever os problemas do passado e, certamente, teremos temas mil ardendo pelos rodapés dos livros horríveis de autores sem arte.
Sabe o afeto? Aquele sentimento que todos, sem excessão, trazemos na alma? Certamente, dentro desse contexto, apodreceria junto a ela, a nossa alma. A gente esquece que um dia fez parte da Criação Divina.
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