Quíron é um ponto do Mapa Astral que indica as nossas feridas emocionais, físicas e espirituais mais intensas. Apesar de não ser tão abordado quanto Ascendente, Lua e signo solar, ele é de extrema importância em nossa vida, pedindo plena atenção para as áreas que ele toca quando interage com signos e casas. E é esse o tema da coletânea que desenvolvemos sobre esse elemento. Neste artigo, o foco é Quíron na Casa 12.
A Casa 12 é mais complexa de todas, mexendo com nosso inconsciente e nossas maiores vulnerabilidades. Quíron posicionado aqui é um ponto de atenção extremo, pois ambos mexem com fragilidades e traumas profundos. Entender essa associação é essencial para aprendermos a lidar com as nossas emoções mais difíceis.
Saiba o que significa Quiron no Mapa Astral
Então, fique conosco até o fim, para entender melhor essa configuração e todos os desafios que ela traz, bem como conhecer a história de Quíron e o papel dele na Astrologia. Além disso, vamos te apresentar os principais temas da temida última casa. Boa leitura!
Você encontrará nesse artigo:
Quíron no Mapa Astral
Na Astrologia, Quíron representa as nossas experiências de sofrimento permanente. Nessa dinâmica, ele afeta questões extremamente sensíveis, fazendo emergir vários traumas relacionados a circunstâncias do início de nossa vida e trazendo a sensação de culpa, impotência e incapacidade.
Mas ele é um ponto de cura, e não apenas um expositor da ferida. Sendo assim, ele trabalha como um curador interior, que nos ajuda a crescer e nos desenvolvermos por meio dessa ferida, obtendo regeneração e podendo ajudar as pessoas que passam pela mesma vivência.
As dores associadas a Quíron variam conforme o signo e a casa em que ele está posicionado. As mais típicas são as feridas espirituais, as feridas de vidas passadas (os “legados” de outras vivências), as feridas físicas e as feridas emocionais e psicológicas.
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Quíron não só nos ajuda a tratar as dores e angústias, como também nos ensina que elas precisam ser olhadas, examinadas e entendidas – e ignorá-las pode trazer danos profundos ou mesmo irreversíveis. Assim, fazemos as pazes com o passado e cicatrizamos nossos machucados emocionais.
O conto de Quíron
Quíron é o nome de um corpo menor descoberto pelo astrônomo Charles Kowal em 1977. Por reunir características mistas de asteroide e cometa, foi classificado como centauro, em alusão aos mitológicos centauros, que também eram criaturas híbridas (tinham cabeça humana e corpo de cavalo).
Divide o mesmo nome com o mais célebre desses centauros, filho da oceânida Filira e do deus Cronos. Perturbada com a aparência incomum de Quíron, sua mãe o abandonou, também por temer que ele se tornasse um ser bestial, como a maioria dos centauros. Porém, ele era dócil e bondoso, ao contrário de seus iguais.
Foi encontrado por Apolo, que se tornou seu pai adotivo e mentor, transmitindo-lhe vários ensinamentos, como profecia, medicina, Filosofia, entre outras. Assim como Apolo, foi um grande mentor, tendo vários discípulos, entre eles Hércules, essencial na sua saga de “curador ferido”.
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Isso porque, em uma briga entre Hércules e os centauros, Quíron foi atingido por uma das flechas envenenadas com o sangue da Hidra de Lerna. O veneno era incurável, então não havia nada que pudesse fazer para se curar. Por ser imortal, carregou essa ferida dolorosa por anos, já que nem mesmo os seus dons medicinais eram eficazes.
Até que, um dia, veio a sua chance de encontrar alívio, graças à história de Prometeu, condenado por roubar o fogo dos deuses e doá-lo à humanidade.
Em uma negociação entre Hércules e Zeus, Quíron acabou trocando sua imortalidade pela vida de Prometeu, salvando-o do castigo eterno e conseguindo se libertar da dor. Ao longo de sua vida, Quíron não só foi mentor como o salvador de vários heróis.
Sua nobreza em sacrificar a própria vida pelo bem do outro levou Zeus a homenageá-lo, colocando-o no céu como a constelação de Centauro (em certas fontes, Sagitário).
A Casa 12 na Astrologia
Essa é uma das quatro casas cadentes – aquelas que distribuem e concentram as energias geradas concentradas pelas demais. É ela que encerra o ciclo das casas coletivas, preparando-nos para reencontrarmos nosso eu.
É um lugar de purificação, assim como a Casa 6 – porém aqui o foco é cuidar do espírito, ao passo que a sexta casa se encarrega de purificar o corpo físico.
Por comandar nossos sonhos, traumas de infância, fragilidades, culpas e mágoas, é vista como uma casa complexa, difícil e temida. É aqui também que encaramos nossas vulnerabilidades, sofrimentos e doenças difíceis de lidar.
Sendo a Casa do Carma, lida com os padrões que repetimos na vida, abordando, nesse sentido, as lições tiradas dessa missão cármica, bem como a necessidade de desapego, desenvolvimento pessoal e evolução.
Também lida com nossa espiritualidade e como expressamos nossa fé e nossas crenças. Nesse mesmo contexto, tem ligação com as experiências sobrenaturais, a mediunidade e assuntos além-vida.
É a casa do sacrifício e do isolamento – que aqui pode se referir tanto à tendência à solidão e introspecção quanto a situações físicas, como retiros, prisões e internações.
Num aspecto positivo, ela evoca a nossa empatia e compaixão. Já no negativo, revela nossa propensão ao vitimismo, egoísmo e autossabotagem.
O que significa Quíron na Casa 12?
Na Casa 12, Quíron expõe a dor da autonegligência, a exaustão decorrente da síndrome de “salvador do mundo”. Quem nasceu com esse posicionamento tem uma compulsão por ajudar o próximo, exaurindo-se nessa missão, que, por mais que seja nobre, é extremamente desgastante.
É alguém que absorve a dor do outro, se envolve demais – muitas vezes, se prejudicando. E, mesmo percebendo que sua saúde física, emocional e espiritual está sendo drenada, não consegue parar, por entender que precisa fazer isso.
Nessa dinâmica, a doação extrema também é um subterfúgio para não ter que lidar com as próprias dores e angústias.
Embora veja isso como responsabilidade, tende a se lamuriar e se vitimizar, quando percebe que está chegando ao limite. Mas não porque não quer ajudar, e sim, porque criou a expectativa de que salvaria o mundo e acaba vendo que não vai conseguir.
É também tomada por culpas e ressentimentos. Lá no seu íntimo, sente uma certa inveja de quem tem um senso identitário forte, isso porque ela costuma se doar demais, se sacrificar além da conta, esquecendo as próprias necessidades.
Por exemplo, pode se sentir culpada quando tem que trabalhar em detrimento da atenção aos filhos; ou ter a percepção de se anular porque decidiu cuidar dos filhos em vez de trabalhar. Está sempre sacrificando algo.
E essa ferida em relação à autoanulação pode ter raízes em experiências do passado – provavelmente esteve internada em hospitais ou em situações de cárcere, em que a autonomia e a individualidade são reprimidas.
O sofrimento na espiritualidade pode ter origem em emoções inconscientes desvalorizadas em sua infância, e também pela escolha de um caminho espiritual inadequado, uma dependência espiritual extrema ou mesmo a negação de qualquer tema místico.
Quais são os desafios desse posicionamento?
Em qualquer posicionamento, Quíron traz o desafio de aprender a encarar e resolver os traumas do passado. Mas essa é uma combinação complicada, pois essa casa amplia justamente o que Quíron quer expor.
Então há o risco de colapsos emocionais. A pessoa pode “quebrar” e romper com uma realidade considerada desagradável. Dessa forma, o primeiro passo é estabelecer limites para uma doação saudável, que não resulte em desgaste emocional.
Por ser uma casa de introspecção, é importante fazer um mergulho para dentro de si mesmo, em busca da própria identidade, da própria essência. A autoconexão emocional é o primeiro passo na jornada de cura. Também preciso aprender a filtrar informações, emoções e pensamentos.
Fechar o ciclo do passado também é outro desafio. Como essa é uma casa de acerto de contas, de balanços e saldos, é aqui que vamos olhar para as feridas, identificar as dores. Começar a fazer o curativo.
E, nesse processo, é válida a ajuda da psicoterapia, para podermos nos organizar emocionalmente, catalogar os sentimentos e colocar o nosso interior em ordem. Para o sentimento de culpa exagerada, vale experimentar a técnica havaiana de cura e autoperdão chamada Ho’oponopono.
Trabalhar a espiritualidade também é essencial, já que esse é um tema que precisa ser corrigido nesse posicionamento. Como espiritualidade é uma questão particular, o ideal é encontrar aquilo que esteja alinhado à essência de cada um. Mas também há opções válidas, como: reiki, meditação, arteterapia, canalização e Fitoenergética.
Conheça as diferentes áreas da astrologia
Além dessas ferramentas, outras três merecem destaque, por estarem intimamente ligadas com os temas da casa. São elas: Hipnoterapia (por promover acesso ao subconsciente), Thetahealing (ideal para transmutar traumas e crenças limitantes), e acesso aos registros akáshicos (resgata memórias, ajudando a lidar com karmas, resolver sentimentos do passado e superar desafios).
A saúde física também necessita de cuidados: dormir bem, ter uma dieta adequada, praticar atividade física, adotar um ou mais hobbies e manter a higiene mental são ações fundamentais.
Quíron, na mitologia, foi aquele que se sacrificou pelo bem de outras pessoas. Mas ele também encontrou a cura para a sua dor com essa ação, até porque chegou ao limite do sofrimento. A Casa 12 é o lar do sacrifício, mas é preciso dosar o quanto nos doamos ao outro. E o sábio centauro também fala de empatia – não só pelos outros, como por nós mesmos. Sendo assim, podemos nos dedicar ao outro, a uma causa maior que nós. Porém, é preciso nos olharmos com generosidade e entender que nossa dor também importa.
Se você se viu nas características descritas aqui no artigo, é bem provável que tenha Quíron na décima segunda casa. Para tirar essa dúvida, não perca tempo, faça já seu Mapa Astral aqui no site. Além desse, você vai poder identificar todos os outros posicionamentos e ter a oportunidade de potencializar seu autoconhecimento. Surpreenda-se com o poder da Astrologia!
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