Você conhece uma planta, que sendo terrestre, faz alusão ao mar e ao céu ao mesmo tempo? Assim é o assa-peixe. Ele tem folhas com formato e nervuras que lembram as espinhas de peixe. Ao mesmo tempo, apresenta flores com forma de estrela.
Popularmente chamada de assa-peixe branco, estanca-sangue, mata-pasto, erva-preá, cambará-guaçu, enxuga, cambará-do-branco e alecrim-do-campo, a planta tem como nome botânico é Vernonia polyanthes e pertence à família Asteraceae.
Por ocorrer em diversos estados brasileiros e em alguns países latinos, ela também é comumente chamada de assa-peixe-do-pará, cambará-branco, cambará-açu, casca-preta, tramanhém, salsa-da-praia, erva-de-mula, assa-peixe-roxo e chamarrita.
O que você encontrará neste artigo
É uma planta alimentícia não convencional, ornamental e com propriedades medicinais importantes para a saúde. Cercada por muitas particularidades, ela é considerada daninha em alguns lugares, mas tem muito a oferecer. Continue a leitura do artigo e descubra por quê!
O que é assa-peixe?
A planta assa-peixe (Vernonia polyanthes) é nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil, muito difundida na Amazônia, principalmente nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Pará.
Contudo também ocorre no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, sendo comum no Cerrado e em estados como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, além da orla da Mata Atlântica.
Pode ser encontrada em países como Paraguai, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Panamá, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador, Belize, Costa Rica e México.
Notadamente, essa espécie se desenvolve espontaneamente em áreas abertas, beiras de estradas, pastagens e locais com solos pouco férteis ou degradados. Também pode ser vista em jardins, ruas e parques, tendo fácil propagação.
A planta assa-peixe (Vernonia polyanthes) é arbustiva, perene e ereta. Alcança, em média, 2,5 m de altura. Seu caule é estriado e lenhoso, bastante ramificado.
Os ramos são alongados, sulcados, densamente pilosos, mas perdem os pelos espontaneamente. Tanto o caule quanto os ramos têm cor de verde-musgo a verde-acinzentada.
O pé de assa-peixe é um arbusto considerado invasor. Apresenta folhas simples, alternadas, lanceoladas (no formato similar ao da ponta de uma lança), com ápice geralmente agudo e pecíolos (cabos que ligam folhe e caule) de comprimento variado.
Elas têm margens inteiras ou levemente serreadas e medem até 18 cm de comprimento por 6 cm de largura. São nervuradas, ásperas na face adaxial (frente) e pilosa na abaxial (verso). Têm cor verde, porém de tom mais escuro na superfície anterior e, ao serem esmagadas, liberam um odor herbal refrescante.
Compreenda como a fitoenergética influencia sua vida
O assa-peixe tem inflorescência abundante, formada por flores pequenas, muito aromáticas, lilases quando jovens e que se tornam esbranquiçadas ao envelhecerem. Elas se dispõem no ápice dos ramos, em capítulos pequenos e de pedúnculos curtos.
Agrupam-se de 10 a 15 em cachos que florescem no inverno, principalmente no mês de agosto.
Os frutos-sementes são do tipo aquênio, ou seja, cada um apresenta semente única. Ela é pequena, leve e de cor escura, que, ao ser carregada pela ação do vento, tal qual ocorre com aquelas da planta dente-de-leão, perpetuando a espécie.
A raiz do pé de assa-peixe é do tipo pivotante e tem um importante sistema radicular. Há um relato de que, se colhidas durante a escuridão, as cascas são fluorescentes.
Trata-se de uma planta conhecida entre os indígenas desde antes da colonização, sendo importante por atrair abelhas como a Apis mellifera (abelha-europeia), a Trigona spinipes (arapuá, que não tem ferrão) e a Schwarziana quadripunctata (abelha-do-chão).
Inclusive o mel produzido com as flores de assa-peixe tem sabor leve, sendo um dos mais apreciados.
Também encanta outros insetos polinizadores e pássaros. Além disso, o assa-peixe é conhecido por ser indicativo de áreas degradadas, que precisam ser recompostas.
“Vernonia polyanthes” é o basiônimo (nome originário) da Vernonanthura polyanthes. Foi atribuído pelo botânico alemão Kurt Sprengel (1766-1833).
Faz parte da família Asteraceae, de em que “Aster” significa “estrela”, fazendo referência às cabeças florais de muitas espécies que a ela pertencem e se assemelham a esse ponto de luz que se vê no céu noturno.
Além de ornamental e medicinal, é também usada em rituais místicos. Outras espécies ocorrem no país, como a Vernonia westiniana e a Vernonia ferruginea.
Propriedades do assa-peixe
Considerado uma PANC (planta alimentícia não convencional), o assa-peixe tem uso ornamental e medicamentoso, sendo alvo de muitos estudos científicos. Os benefícios que ele traz para a saúde física, mental e espiritual são conhecidos de longa data pela medicina caseira.
O assa-peixe tem grande importância na apicultura, mas representa uma ameaça para agricultores, uma vez que se constitui como uma planta invasora, para a qual é necessário controle reprodutivo de modo a favorecer economicamente os negócios do setor.
No Brasil, o assa-peixe (Vernonia polyanthes) é um fitoterápico utilizado caseiramente em várias preparações, sendo uma planta de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS) e tendo literatura analítica sobre suas propriedades e usos.
Faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS).
Inclusive, é a única regulamentada para utilização como expectorante no país, conforme o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira – 1ª Edição, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Popularmente são utilizadas as folhas, flores, brotos, caules e raízes da planta, em infusões, decocções, tinturas, sucos, xaropes e banhos, indicados para tratar enfermidades respiratórias, como resfriados, gripes, tosses, sinusite, bronquite, asma, pneumonia e tuberculose, entre outras.
O assa-peixe, na medicina popular é usado para tratar torções, luxações e contusões e para reduzir dores nas pernas e efeitos do reumatismo.
É conhecido como diurético, antipirético (baixa a febre), sedativo, cicatrizante, anti-hemorrágico, anti-helmíntico (contra vermes intestinais), emenagogo (provoca a menstruação), abortivo, anti-inflamatório, antiulcerogênico e anti-hipertensivo.
No senso comum, o assa-peixe pode ser usado para tratar problemas do sistema gástrico, como dores estomacais, bem como hemorroidas, distúrbios renais e infecções uterinas, inclusive a retenção placentária.
Apesar disso, alguns usos tradicionais ainda não foram confirmados pela ciência, muito embora já tenham trazido resultados observados empiricamente.
Porém, algumas espécies de assa-peixe foram estudadas e são promissoras na prevenção e no tratamento de doenças (algumas graves) e para a indústria de medicamentos.
Quanto à Vernonia polyanthes, ela contém compostos fenólicos, chalconas, flavonoides, esteroides livres, saponinas, taninos, quinonas, ácidos fortes, auronas, cumarinas, terpenoides e alcaloides, que apoiam o organismo humano de forma variada e benéfica.
É rica em fitonutrientes, como sais minerais, que a tornam um complemento alimentar de alto valor.
O óleo essencial da planta contém, por exemplo, sesquiterpenos como germacreno-D, germacreno-B, pineno, copaeno, alfa-cariofileno e carvacrol, entre outros.
Assim, o assa-peixe apresenta ação antitumoral, antimicrobiana, anti-inflamatória, antifúngica, antibacteriana, anti-hemorrágica, vasodilatadora e gastroprotetora, entre outras.
Tipos de assa-peixe
A Vernonia polyanthes (assa-peixe) é uma das espécies da família Asteraceae, também conhecida por Compositae, que é uma das maiores da flora, com cerca de 32 mil espécies, distribuídas em 1.900 gêneros, entre eles o Vernonia, com cerca de 1.300 espécies de plantas de utilidade e com flores de grande beleza.
Inclusive há espécies que provocam confusão com a Vernonia polyanthes, como a Vernonia rubriramea, a Vernonia westiniana, a Vernonia mariana, a Vernonia missionis e a Vernonia ruficoma.
O assa-peixe (Vernonia polyanthes) tem sinonímias botânicas com a Vernonia psittacorum, Vernonia patens, Vernonia corcovadensis, Vernonia braziliensis e Vernonia phosphorica, entre outras. Contudo há aquelas que são distintas. Veja a seguir.
1 - Vernonia amygdalina - conhecida como boldo-baiano, boldo-goiano, alumã e heparém, essa espécie também ocorre na África e pode chegar a 5 metros de altura. Tem folhas consumidas em sopas, nas preparações com carne e substituindo o lúpulo na produção de cerveja na Nigéria.
Pesquisas científicas com animais comprovaram ação antidiabética e anti-inflamatória da planta. Os chimpanzés se alimentam das folhas quando apresentam problemas intestinais.
2 - Vernonia brasiliana - também chamada de assa-peixe-preto, assa-peixe-roxo, pau-de-muquém, pau-de-moqueca e manjericão-de-cavalo, essa espécie é nativa e está amplamente distribuída no país.
Os óleos essenciais da planta apresentam ação comprovada por pesquisa in vitro contra Trypanosoma cruzi e Leishmania amazonensis.
3 - Vernonia condensata - nativa da África, foi trazida ao Brasil na época da colonização. É também chamada de boldo-verdadeiro, boldo-indígena, boldo-chinês, boldo-japonês, caferana, alumã e boldo-baiano, dependendo de cada região e estado brasileiro.
É considerada uma folha sagrada, associada a Ogum e Oxalá. Em doses elevadas, pode provocar irritação da mucosa do estômago, embora seja usada contra indisposições gástricas, ressacas e como tônico estimulante do apetite e da digestão.
4 - Vernonia cinerea - espécie sinonímia da Vernonia abbreviata, Vernonia arguta, botanicamente foi corrigida para Cyanthillium cinereum, sendo do gênero Cyanthillium.
Apresenta flores de coloração roxa, sendo herbácea e atingindo até um metro de altura. É nativa da África tropical e da Ásia tropical, sendo popularmente chamada de erva-ferrozinha. O extrato etanólico da planta inteira tem ação sobre a dor causada pela constrição crônica do nervo ciático (CCI).
5 - Vernonia discolor - chamada comumente de assa-peixe-de-folha-larga, vassourão-preto, vassourão-de-folha-larga e cambará-guaçu, essa espécie ocorre na região sul do Brasil, pode chegar a altura média de 18 metros, com diâmetro do tronco de 70 cm, usado em caixotaria, aglomerados, na fabricação de tamancos e como lenha de qualidade mediana.
6 - Vernonia gigantea - conhecida como Vernonia altissima, essa espécie é nativa dos Estados Unidos e tem cachos com 30 a 50 flores roxas. Atinge cerca de 2,40 metros de altura, e a copa pode atingir 1,80 metro.
Atrai a mariposa chamada popularmente de traça-da-ferrugem e broca-de-ferro (Papaipema cerussata) e a mariposa-vermelha (Perigea xanthioides).
7 - Vernonia galamensis - nativa da África Oriental, essa espécie apresenta muitas subespécies com flores azuis ou roxas. É uma fonte de ácido vernólico, utilizado na produção de plásticos, revestimentos de borracha e de agentes de secagem, substituindo aglutinantes e plastificantes tradicionais da produção de tintas.
É promissora como recurso para reduzir a poluição atmosférica e muito cultivada na Etiópia.
8 - Vernonia polysphaera - conhecida como assa-peixe, essa espécie é nativa do Brasil e tem vários usos medicinais populares, entre eles o diurético, o balsâmico e o expectorante. As folhas são valorizadas por ajudarem a combater cálculos renais, dores musculares e retenção de líquidos.
9 - Vernonia rubricaulis - essa espécie ocorre na América do Sul, da Colômbia até a Argentina. No Brasil, encontra-se em Poconé, Corumbá, Cáceres, Miranda e Nabileque, regiões do Pantanal.
É um arbusto de 1 a 2 metros de altura, com caule fino e arroxeado. Representa uma ameaça para o gado bovino, que ao ingerir a planta – considerada hepatotóxica –, pode vir a óbito, de forma penosa, em 24 horas. A eliminação da planta é feita extirpando-a da terra; se houver queimada, o teor de toxicidade aumenta.
10 - Vernonia ferruginea - espécie conhecida como assa-peixe-do-pará, assa-peixe-de-santana e calção-de-velho, é sinonímia da Vernonia polycephala e da Vernonia crenata.
Embora seja nociva para o plantio de algodão, arroz, café, eucalipto e outros, bem como para pastagens, contém lupeol, substância antiulcerogênica e com elevada atividade gastroprotetora, representando um fármaco potente no tratamento de úlceras gástricas.
11 - Vernonia unicata - espécie nativa do Iêmen, encontra-se na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza, classificada como vulnerável em seu habitat natural. É um arbusto de ramos lenhosos e tem flores de cor púrpura.
Para que serve o assa-peixe
Utilizada de acordo com os conhecimentos de cada povo e conforme cada espécie, a planta assa-peixe pode ter a finalidade ornamental, alimentar, ecológica, industrial e medicinal.
No caso da espécie Vernonia polyanthes, da qual trata este artigo, conhecida como assa-peixe-branco, para que serve? Ela tem uso em jardins de residências, parques e praças, para acrescentar alegria e perfume ao ambiente, bem como para atrair borboletas, abelhas e alguns tipos de pássaros.
A floração exuberante forma maciços de grande beleza.
Apesar disso, a planta é usada como alimento, com preparações diversificadas. A folha de assa-peixe, ainda que tenha sabor amargo, pode ser frita à milanesa ou compor ensopados.
Embora o assa-peixe seja expansivo, crescendo espontaneamente em terrenos pouco férteis, ocupando espaço agrícola e de pasto e impedindo, em florestas, que outras plantas se desenvolvam, ele tem uma finalidade ecológica importante na preservação de abelhas, uma vez que muitas espécies desses insetos são atraídas pelo aroma, pelo pólen e pela néctar da planta, prolongando a vida delas no planeta.
O assa-peixe, por conter compostos químicos que ajudam a saúde de diversas formas, é matéria-prima para diversos produtos industrializados, como óleos essenciais, mel e xaropes, inclusive com manufatura artesanal.
Desvende 10 sistemas florais que ajudam a trazer equilíbrio
Mas a importância mais acentuada da planta assa-peixe se refere ao uso medicinal. Ela é indicada para expectorar e descongestionar as vias aéreas em situação de resfriados, gripes e asma.
Ajuda a tratar tosses e pneumonia. Promove a diurese, auxiliando o sistema urinário, combatendo cálculos renais e diminuindo o inchaço. Também melhora as afecções cutâneas, contusões e dores reumáticas. Contribui para o tratamento de hemorroidas e infecções uterinas.
Além disso, o assa-peixe é uma planta que favorece o desenvolvimento da espiritualidade. Ele promove uma energia transformadora, que liberta a pessoa de preconceitos, culpas e estereótipos, para deixar emergir amor, sensibilidade e alegria.
Qual é o significado do assa-peixe
Todas as plantas contribuem de alguma forma para a vida no planeta. Como todos os seres vivos, elas carregam energia e influenciam estados psicológicos, além de oferecerem cores, formas, aromas e beleza. O ser humano faz uso delas desde os primórdios e lhes atribui significados místicos, mágicos e filosóficos.
Assim, por meio desses significados e de suas características físicas, as plantas revelam aspectos da personalidade de alguém, tanto aqueles que devem ser expandidos quanto aqueles que precisam ser aperfeiçoados para que ela alcance evolução em sua jornada de vida.
A planta assa-peixe também exerce esse papel.
Com nome botânico Vernonia polyanthes, o assa-peixe evidencia alguém firme, autoconfiante, audacioso e de personalidade forte. É uma pessoa que enfrenta com coragem situações preconceituosas e ideias retrógradas e busca agir com igualdade e justiça, fazendo prevalecer os direitos universais.
Ainda, é alguém que lida com as adversidades com ânimo e empenho. Com presença de espírito, busca gerar amor.
Quando uma pessoa percebe insensibilidade em si mesma, frieza, inadequação aos ambientes, aos valores e às condutas da comunidade, ela deve admirar um pé de assa-peixe, preferencialmente quando este estiver florido. Deve se deixar inspirar pela abundância da natureza.
Caso esteja fisicamente diante da planta, deve observar as folhas, as flores e sentir o aroma adocicado que elas emanam. Pode deixar as emoções e os sentimentos virem à tona e perceber as próprias forças e belezas.
Ela ensina resistência com amorosidade, a ordem em meio ao caos. Motiva a enxergar o mundo e a vida com os olhos da generosidade e que cada parte, por menor que seja, converge para um todo magnífico e cheio de propósito.
O assa-peixe na espiritualidade
Uma das formas de o ser humano se relacionar com o mundo em que vive é percebendo significados e compreendendo o propósito das coisas, de outros seres e de sua existência.
Em relação às plantas, além de beleza, de perfume e de outras características visíveis, elas oferecem conexão com o Eu Superior, com as crenças e com os valores individuais.
Assim, o significado do assa-peixe na espiritualidade está relacionado com a expansão da consciência, com o rompimento de barreiras individuais e com a busca de evolução pessoal.
Também existe a compreensão de que os muitos benefícios do assa-peixe na espiritualidade mostram que a natureza é convergente e dadivosa. Conheça alguns a seguir.
1 - Desperta para a promessa de vida que há em cada ser. A semente da planta é pequena e leve, mas suporta toda a carga do que virá a ser o pé de assa-peixe, com todo o seu perfume e a beleza de sua floração.
2 - Favorece refletir sobre a importância da ancestralidade e da força da história. Ela nos conecta com a sabedoria dos nossos antepassados, que, apesar de menos recursos tecnológicos, também conheciam formas de sobrevivência e de cura.
3 - Inspira a oferecer o melhor de si em benefício de algo maior. A planta assa-peixe favorece outros seres vivos de várias maneiras, inclusive servindo como alimento.
4 - Fortalece o conceito de que tudo não é puramente ruim ou bom. Por um lado, o assa-peixe pode representar uma possibilidade de prejuízo para os agropecuaristas; por outro, significa ganhos e qualidade para produtores de mel, devido à qualidade das flores.
5 - Promove a limpeza de ambientes e campos energéticos. Na umbanda e no candomblé, a planta é usada como oferenda ao orixá de cabeça, assim como em banhos e defumação.
6 - Estimula a encarar as adversidades com otimismo e esperança, de forma que a pessoa encontre dentro de si atitudes positivas e que levem ao progresso. A planta assa-peixe cresce espontaneamente em solos diversos, inclusive os mais pobres.
7 - Incentiva a ampliar os horizontes e evoluir. As muitas espécies de assa-peixe se expandem ao redor do mundo.
8 - Encoraja a exercitar a empatia, a abrigar o outro e a entender que ao oferecer um pouco de si, também recebe algo em troca. Ao servir de alimento para insetos polinizadores, o assa-peixe também tem um meio de se propagar.
9 - Influencia a notar a obra divina na natureza, em que tudo é um processo integrativo, de causa e efeito e de conexão, em que cada um faz parte do todo.
10 - Facilita o relaxamento e a reflexão sobre emoções, sentimentos, conceitos e valores. A contemplação de um pé de assa-peixe ou uma pausa para tomar uma xícara de chá das folhas da planta pode promover esse momento de bem-estar mental.
11 - Motiva a enxergar a abundância da vida com gratidão. Um único pé de assa-peixe é capaz de favorecer a vida de muitos outros seres de forma benevolente e prolífera, gerando evolução própria e dos demais.
O assa-peixe na saúde
Os muitos benefícios do assa-peixe na espiritualidade tornam essa planta significativa para promover a conexão de uma pessoa com seu íntimo, emoções, sentimentos, crenças e valores. Eles facilitam a percepção de unidade e da importância da saúde integral e do bem viver.
Da mesma forma, há muitos benefícios do assa-peixe na saúde. Eles se relacionam tanto com a recuperação de enfermidades, quanto com a prevenção de males que podem interferir negativamente na vida de uma pessoa, em seus planos e em seus relacionamentos, inclusive impedindo que ela siga seu caminho evolutivo com paz e felicidade.
Logo, o significado do assa-peixe na saúde toma um aspecto pragmático. A planta, conhecida pela medicina caseira e com resultados empíricos, promove, conforme já descoberto pelos meios científicos, o bem-estar físico e mental das pessoas em âmbito global, trazendo benefícios associados às suas propriedades fitoquímicas. Conheça alguns deles a seguir.
1 - A decocção ou infusão de folhas e raízes da planta assa-peixe pode ser utilizada para tratar erupções cutâneas como acne e eczema, além de algumas lesões, uma vez que apresenta atividade anti-inflamatória por possuir flavonoides.
2 - Ajuda a reduzir dores musculares e reumáticas, por meio de emplastros e compressas, uma vez que tem atividade antinociceptiva, conforme monografia da espécie, de 2014, organizada pelo Ministério da Saúde e pela ANVISA.
3 - Embora outras espécies de assa-peixe tenham amplo uso na medicina popular, a Vernonia polyanthes é reconhecida e tem uso aprovado pelos órgãos governamentais de saúde, inclusive sendo recomendada por médicos em terapias alternativas.
4 - O assa-peixe da espécie Vernonia polyanthes é oficialmente indicado para tratamento de afecções respiratórias, especialmente como expectorante, tendo sido analisado em seus constituintes bioquímicos e estabelecidos parâmetros de segurança.
5 - Representa papel importante na sustentabilidade e na preservação dos recursos naturais, bem como na economia de famílias que dependem do cultivo da planta, seja para destino medicamentoso, alimentar ou apícola.
6 - É uma planta importante na cultura voltada para a produção melífera de alta qualidade, devido à profusão e aroma das flores, que atraem abelhas de várias espécies, além de conter agentes químicos que contribuem para preservar a saúde.
7 - Contribui para a preservação da vida das abelhas, uma vez que produz néctar e pólen atrativos para elas, muito embora a produção melífera, um dos objetivos de cultivo da planta, seja um aspecto de controvérsia para instituições veganas.
8 - Contém compostos químicos de alto potencial antioxidante, como flavonoides e ácidos fenólicos, fomentando o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e produtos alimentares.
9 - Indica potencial na produção de medicamentos para tratamento de leishmaniose. Combate a Leishmania amazonensis, a Leishmania braziliensis e a Leishmania chagasi, uma vez que apresenta diferentes agentes como flavonoides, triterpenos, esteroides e polifenóis.
10 - Tem atividade antimicrobiana contra o Bacillus cereus, que causa intoxicação alimentar. Também contra a Escherichia coli, que pode causar diarreia, vômitos, dores abdominais, febre e desidratação.
11 - Combate a bactéria Proteus mirabilis, que pode causar infecção urinária, ocular, de feridas, e no canal auditivo, além de pneumonia e sepse em pacientes imunodeprimidos e hospitalizados, bem como meningoencefalite neonatal.
12 - Demonstra ação antifúngica contra o patógeno Fusarium oxysporum, que, embora seja um poderoso “agente verde” no controle de cultivos ilegais de coca, também prejudica os cultivos de plantas alimentícias de solo.
13 - O extrato etanólico de assa-peixe (Vernonia polyanthes) é promissor no combate à Mycobacterium tuberculosis, bactéria patógena causadora da maioria dos casos de tuberculose.
14 - O extrato clorofórmico de assa-peixe (Vernonia polyanthes) confirma a ação gastroprotetora da planta contra úlceras, uma vez que é rico em terpenoides, aumentando a produção de muco sem alterar o pH gástrico, embora tal atividade dependa da dosagem.
15 - Apresenta ação anti-inflamatória, por meio do extrato de folhas e caules, uma vez que contém flavonoides. A planta assa-peixe auxilia o tratamento de edemas e de inchaços.
16 - Age como expectorante, especialmente os óleos essenciais de folhas frescas, uma vez que contêm monoterpenos, sesquiterpenos e seus óxidos e outros componentes, como carvacrol, embora não tenha sido identificado o agente bioativo preponderante.
Assa-peixe – onde e como usar
Os usos fitoterápicos estão relacionados com a transmissão do conhecimento de geração em geração, de acordo com as culturas e o quanto elas se envolvem com as descobertas da Farmacologia, da Química e da Biologia.
Assim, as partes que são aproveitadas de uma planta, a forma como ela é empregada e de que maneira os resultados são acompanhados têm relação com os costumes e o desenvolvimento de técnicas e métodos de cada povo e de cada região.
É possível notar que, com a planta assa-peixe, esse contexto não é diferente. Ela é ornamental para uns; para outros, é também alimentícia, medicinal; e pode ser insumo natural ou matéria-prima para a indústria de medicamentos e de alimentos.
Enquanto ela é valorosa para uns, para outros pode ser daninha e passível de eliminação. Apesar disso, os usos relatados para a planta envolvem folhas, caules, raízes e brotos florais.
O assa-peixe é ornamental, sendo cultivado em vasos, hortas, jardins, como cerca-viva e em campos de apicultura.
Como planta alimentícia não convencional, o assa-peixe tem o emprego das folhas cruas, que são higienizadas, postas de molho para reduzir o amargor, enxutas e fritas à milanesa, como se fossem as folhas de peixinho-da-horta. Elas se tornam crocantes e têm sabor diferenciado.
Também podem ser consumidas em sopas, ensopados de carne, omeletes, refogados com especiarias ou outras folhas e como recheios de tortas e massas. É uma alternativa para adeptos do vegetarianismo e do veganismo. Ainda, podem compor sucos verdes, misturadas a hortaliças e frutas.
Quanto ao uso na medicina popular, o mais comum é a infusão das folhas da planta para fazer chá. Junto com as flores e brotos florais, elas são usadas em decocção que rende compressas, loções e banhos.
Da mesma forma, as raízes são cozidas em água e dão origem a banhos de assento ou de corpo, gargarejos e para uso ritualístico.
Mas para que serve o chá de assa-peixe? Antes de mais nada, é importante que ele seja consumido por meio da indicação de um fitoterapeuta ou de um profissional que conheça as propriedades e aplicações da planta.
Assim como toda planta, com o chá de assa-peixe, contraindicação é algo a ser levado muito a sério. Nesse caso, a relação é com o exagero na dose e na frequência e a espécie da planta. Contudo, com o devido cuidado, ele é recomendado para aliviar sintomas de resfriados, gripes, asma, dores abdominais e retenção líquida, entre outros.
Quer saber como fazer chá de assa-peixe? A receita é simples! Ele pode ser feito com folhas frescas ou secas. Para tanto, leve 200 ml de água ao fogo e deixe levantar fervura.
Desligue o fogo, adicione uma colher (sopa) de folha de assa-peixe fresca e bem picada (se necessário, use mais de uma). Tampe e deixe em repouso por cerca de 10 minutos. Coe antes de consumir. Caso deseje adoçar, aproveite o mel produzido à base do néctar das flores da planta e potencialize os resultados.
Aliás, os benefícios do chá de assa-peixe são conhecidos de longa data, e ainda que nem todos sejam cientificamente comprovados, sem exagero na dose e na frequência, ele traz bem-estar físico e mental, gerado pelo momento de relaxamento ao degustar uma xícara dessa bebida ancestral.
As infusões de partes de assa-peixe podem ser usadas em compressas, com auxílio de gaze, algodão ou pano limpo, aplicadas sobre os olhos (com a bebida já fria), lesões musculares e afecções cutâneas (em temperatura morna).
Elas podem ser usadas em banhos de assento, para tratar hemorroidas e infecções genitais. São purificadoras, quando aplicadas do pescoço para baixo em banhos de corpo inteiro, e relaxam, se o banho for feito imediatamente antes de dormir.
Ainda, para descongestionar as vias aéreas em caso de gripes e resfriados, o chá de assa-peixe pode ser usado em vaporização. Já as decocções feitas com 20 gramas de raízes fervidas em 1 litro de água podem ser ingeridas coadas para eliminar cálculos renais.
Além disso, dessa planta ainda é possível se obterem tinturas, loções e xaropes. Algumas lojas de produtos fitoterápicos comercializam cápsulas e óleo essencial de partes aéreas de assa-peixe.
Para tratar tosses e dores de garganta, os gargarejos podem ser feitos por meio de uma infusão forte das folhas secas da planta, considerando uma colher (sopa) para 150 ml de água fervente.
O xarope de assa-peixe, por exemplo, é indicado para expectorar e tratar doenças respiratórias, como gripes, tosses, resfriados e bronquite. Há, inclusive, a recomendação da terapêutica popular para uso em casos de pneumonia.
Contudo tal aplicação só deve ser feita com prescrição médica. A planta contém compostos químicos, como cumarinas e flavonoides, que facilitam a ação do sistema imune e apoiam as defesas do organismo.
O xarope de assa-peixe para sinusite é também uma indicação da medicina caseira. Porém deve se considerar que, para essa finalidade, normalmente é usado o assa-peixe-roxo (Vernonia westiniana), com folhas encontradas em lojas de produtos fitoterápicos.
Veja como fazer xarope de assa-peixe. Lave e pique 600 gramas de raízes da planta. Cozinhe em 2 litros de água e 1 quilo de açúcar cristal (se preferir, substitua por 750 ml de mel da planta), em fogo médio, por cerca de 2 horas ou até engrossar e obter o ponto da bebida. Após esfriar, coe e passe para um vidro escuro.
Como insumo natural ou matéria-prima, a planta assa-peixe se destina a várias finalidades ao redor do mundo. Uma delas se refere à produção melífera, inclusive oferecendo um mel de alta qualidade.
E quais os benefícios do mel do assa-peixe? Bem, o mel de assa-peixe é um dos componentes de vários xaropes. Além disso, ele é indicado para aliviar sintomas de doenças das vias respiratórias e das vias urinárias.
Pode ser consumido diariamente antes de dormir por pessoas com asma e bronquite, favorecendo um sono tranquilo e reparador. É rico em sais minerais e substitui o açúcar nas preparações com frutas, leites, chás, doces, bolos, tortas e cremes.
O óleo essencial de assa-peixe pode ser encontrado em lojas de produtos fitoterápicos e se destina ao uso tópico para tratar ulcerações cutâneas e para, junto a um óleo como o de amêndoas (carreador), reduzir dores musculares e reumáticas em massagens.
Além disso, os caules macerados podem ser aplicados na forma de emplastros para a mesma finalidade.
O floral com assa-peixe pode ser adquirido em lojas especializadas, sendo indicado para estimular a superação de padrões disfuncionais de comportamento, como exploração, abuso, tendência ao controle, imposição financeira, desrespeito, injustiça e preconceitos. Ele favorece agir com igualdade.
Contraindicações e efeitos colaterais do assa-peixe
Os benefícios do assa-peixe na espiritualidade, assim como os benefícios do assa-peixe na saúde comprovam que essa é uma planta de grande valor para a vida humana e para a sustentabilidade do planeta.
Apesar disso, é fundamental que o uso de fitoterápicos seja sempre cauteloso, considerando que as plantas apresentam compostos bioquímicos que, de acordo com a dose e a frequência, podem trazer efeitos tanto esperados quanto indesejados e até imprevistos, podendo acarretar danos à saúde.
Veja em relação à assa-peixe (Vernonia polyanthes) a seguir.
1 - O uso oral ou tópico com preparações à base de assa-peixe não deve substituir tratamentos convencionais recomendados pelo médico.
2 - Embora não haja relatos de toxicidade, contraindicações ou efeitos colaterais inoportunos, o uso deve ser sempre orientado pelo médico ou por um fitoterapeuta.
3 - Infusões, xaropes, tinturas, mel e outros produtos derivados de assa-peixe só devem ser consumidos sob prescrição médica por menores de 12 anos, bem como por gestantes ou por mulheres em período de amamentação.
4 - O uso alimentício das folhas de assa-peixe deve ser feito mediante cultivo orgânico da planta. É importante observar, no entanto, se ainda assim ocorrem desconfortos gastrointestinais e náuseas, ao que um médico deverá ser consultado.
5 - Caso haja ingestão de partes da planta por animais domésticos, como cães e gatos, principalmente na dúvida sobre a espécie da planta, é recomendável procurar um médico veterinário, se for observada a prostração do animal.
Como plantar e cuidar do assa-peixe
Arbustivo, com cachos de flores perfumadas, que atraem borboletas e abelhas, e de alto valor simbólico, o pé de assa-peixe é um recurso paisagístico de grande beleza e representa um meio de conexão com a natureza.
Para cultivar a planta assa-peixe, considere que ela cresce bem quando reproduzida por meio de estacas, mas também evolui com plantio por sementes.
Embora não necessite de solo fértil, se assim ele for, tanto a planta será mais vigorosa quanto a floração se tornará mais abundante.
A semeadura deve ocorrer preferencialmente durante a primavera, em dias quentes. O assa-peixe se desenvolve bem sob temperatura máxima de 25 graus Celsius e mínima de 15, recebendo luz solar e em solo seco. Então aprenda a realizar o plantio em vaso usando as sementes.
1 - Adquira as sementes de uma loja de jardinagem confiável ou de um pé de assa-peixe que você já tenha em casa e seja da espécie desejada. Baseie-se sempre no nome científico da planta – Vernonia polyanthes –, pois o popular é também usado para outras espécies, inclusive distintas.
2 - Escolha um vaso com orifício no fundo. Considere as medidas de cerca de 30 cm de altura por 20 cm de largura ou diâmetro. Coloque argila expandida no fundo, brita ou lascas de carvão vegetal. Isso ajudará a não encharcar as raízes.
3 - Faça uma mistura com 70% de terra vermelha e 30% de esterco bovino. Encha o vaso até 2 cm da borda. Reserve um pouco desse conteúdo para posteriormente cobrir as sementes.
4 - Espalhe poucas sementes pela extensão do vaso e cubra com uma camada fina de terra. Borrife água em toda a superfície, sem encharcá-la.
5 - Mantenha o vaso longe de locais excessivamente ventilados, mas exposto à luz solar, por no mínimo quatro horas. Evite deixá-lo sob o sol a pino. A germinação deverá ocorrer entre 10 e 15 dias.
6 - Regue as mudinhas que surgirem, se houver necessidade, evitando molhar as folhas e encharcar a terra.
7 - Retire matinhos ou ervas que concorrem com a planta por nutrientes.
8 - Se necessário, reduza o volume de assa-peixe no vaso, eliminando algumas mudinhas.
9 - Verifique as folhas de assa-peixe, principalmente após dias chuvosos, para identificar a presença de pulgão (Toxoptera aurantii). Ele suga a seiva da planta. Caso ocorra, elimine com uma solução caseira de 1 litro de água, 10 gramas de fumo de corda ou de cigarro comum e 10 gramas de detergente líquido.
Deixe descansar durante dois dias. Misture bem e borrife sobre as folhas infestadas.
10 - Colha as folhas mais jovens para a preparação culinária ou de infusões. Se preferir guardá-las para uso posterior, deixe-as secar em local ventilado. Espalhe-as sobre uma bancada ou mesa e cubra com uma peneira. Quando estiverem desidratadas (após cerca de 5 dias), coloque-as em saco de papel ou de pano.
11 - Esteja alerta para a floração, que deve ocorrer no segundo ano da semeadura, durante o inverno. Assim que as sementes surgirem, opte por colhê-las, a fim de evitar a propagação indesejada. Lembre-se de que elas voam com o vento. Corte os cachos de flores, se necessário. Nesse ponto, elas serão penugens.
12 - Guarde as sementes em pote de vidro com tampa, para o cultivo de novas plantas.
13 - A poda não é necessária, porém, para dar vigor à planta, retire folhas amareladas, galhos que crescem desordenadamente, flores antigas ou botões florais murchos.
Mitos e verdades sobre o assa-peixe
Normalmente as pessoas conhecem as plantas por meio da sabedoria popular ou por intermédio das informações vindas de estudos científicos conduzidos por botânicos, químicos e biólogos, entre outros pesquisadores.
Contudo coexistem conceitos inconsistentes, que provocam enganos e elevam os riscos no uso de fitoterápicos. Em relação à planta assa-peixe não é diferente! Então encontre, a seguir, mitos e verdades sobre ela.
1- Assa-peixe é a mesma planta conhecida por peixinho-da-horta – mito. O assa-peixe é do gênero Vernonia, já o peixinho-da-horta é do gênero Stachys, sendo da espécie Stachys byzantina.
2 - Chá de assa-peixe emagrece? – mito. Não há comprovação científica para esse efeito.
3 - O pé de assa-peixe atrai pintassilgos – verdade. A espécie Carduelis magellanica icterica dessa ave, popularmente chamada de pintassilgo-mineiro, se alimenta das sementes da planta.
4 - O pé de assa-peixe ajuda a afastar o mosquito da dengue – mito. Embora a planta cresça em terrenos baldios, se neles existirem criadouros do mosquito, estes deverão ser eliminados, pois não há estudos científicos sobre a planta que atestem esse combate natural.
5 - Mel de assa-peixe é bom contra Covid-19 – mito. Embora ele tenha propriedades anti-inflamatórias e expectorantes, que ajudam a aliviar os sintomas de distúrbios respiratórios, não há estudo científico que comprove atividade contra essa doença.
6 - A planta assa-peixe é chamada de lambari-do-mato – verdade. Esse nome popular é atribuído à planta devido às folhas, que lembram o formato de peixes lambaris quando são fritas empanadas.
Por mais bem-estar! Conecte-se com a vida e com o mundo!
7 - A loção feita com decocção de raízes de assa-peixe previne rugas – mito. Embora ela seja rica em agentes químicos importantes na cicatrização da pele e flavonoides, conhecidos pela ação antioxidante, tal efeito não foi comprovado cientificamente.
8 - O chá de assa-peixe combate o alcoolismo – mito. Apesar de ele ser popularmente indicado para curar ressaca, não há estudos farmacológicos associados aos compostos bioquímicos da planta que comprovem essa atividade.
9 - Existe chá de assa-peixe em sachês disponíveis no mercado – verdade. Porém trata-se de chá produzido com a espécie Vernonia polysphaera.
10 - O chá de assa-peixe é abortivo – mito. Não há pesquisas científicas que estabeleçam esse resultado. Por vezes chamada de boldo-baiano (Vernonia condensata), alguns acreditam que ela tenha essta ação comprovada para o boldo-do-chile (Peumus boldus).
11 - Os emplastros feitos com caules macerados de assa-peixe combatem o veneno de cobra – mito. A atividade antiofídica da planta foi investigada com a espécie Vernonia condensata para o veneno de jararaca, mas os resultados não se mostraram totalmente satisfatórios.
Em caso de picada de cobra, deve-se buscar pronto-atendimento imediato.
12 - Assa-peixe-roxo é melhor para a saúde do que assa-peixe-branco – mito. As espécies são distintas, e cada uma tem concentrações de compostos químicos e propriedades importantes para a saúde.
Para concluir, você conheceu a planta popularmente chamada de assa-peixe (Vernonia polyanthes). Ela é rica em agentes químicos que favorecem nossa saúde e bem-estar. Também inspira resistência, altruísmo e expansão.
Outras flores do Oráculo Floral apresentam muitas curiosidades e oferecem benefícios. Conheça cada uma delas, acessando os links abaixo!
Confira também: