O funcho é uma planta com pequenas flores amarelas, conhecido da Humanidade há milhares de anos e apreciado devido ao aroma peculiar que impregna preparações da culinária. Com reconhecidos benefícios medicinais, é também chamado erva-doce de cabeça, falsa-erva-doce, falso-anis, fiolho, funcho-doce e funcho de Florença.
Embora a planta funcho seja também referida como erva-doce da mesma forma que a espécie Pimpinella anisum, cientificamente ela é a Foeniculum vulgare.
Aliás, funcho também é um termo usado para designar a espécie Aneto graveolens, popularmente conhecido como funcho-bastardo e dill, mas que é outra planta, com aroma igualmente intenso, porém com flores brancas.
O que você encontrará neste artigo:
E quem acha que funcho e erva-doce é a mesma coisa, apenas ainda não conseguiu distinguir as diferenças entre as duas espécies, aliás, muito parecidas, inclusive sendo da mesma família botânica que é a Apiaceae.
Entre as diferenças da erva-doce (Pimpinella anisum) e do funcho (Foeniculum vulgare), estão os compostos químicos, bem como as propriedades deste último relacionadas a apoiar a saúde física e mental das pessoas. Além disso, ele é cercado de curiosidades, significados e misticismo. Continue a leitura do artigo e amplie seus conhecimentos sobre esta espécie da flora que transborda utilidade.
O que é funcho?
Nativo da região do Mediterrâneo, norte da África e oeste da Ásia, a planta funcho (Foeniculum vulgare) ocorre de modo naturalizado ou cultivado em praticamente todos os continentes do globo, notadamente em regiões de climas temperados e tropicais.
No Brasil, a planta foi introduzida pelos primeiros colonos europeus, sendo atualmente cultivada em estados do centro-sul e nordeste do país. Já nos estados da região sul, ela pode nascer espontaneamente devido à dispersão de sementes após cultivo.
O funcho é conhecido desde a Antiguidade. Foi cultivado no Egito por conta das suas propriedades aromáticas e medicinais, constando do “Papiro de Ebers”, datado de 1550 antes da Era Comum.
Na Grécia antiga, foi chamado “marathon”, devido aos atletas consumirem as sementes para elevarem a força, sem ganho de peso. Também consta da versão do poeta grego Hesíodo (século VIII AEC) para o mito de Prometeu. Nela, o caule oco da planta teria sido usado para guardar o fogo roubado dos deuses do Olimpo a ser entregue aos Homens.
Os gladiadores, na Roma antiga, se alimentavam da erva para conseguir mais força e coragem antes dos combates. Além disso, os ramos da planta eram oferecidos em coroas aos vencedores.
Na Idade Média, durante os períodos de jejum da Quaresma, as sementes eram mastigadas para aplacar a fome. Elas também eram jogadas durante a passagem de recém-casados para trazer prosperidade e sorte.
Mais tarde, os Puritanos Americanos também usaram as sementes de funcho como um inibidor do apetite durante serviços religiosos.
Mas o binômio Foeniculum vulgare vem do latim, sendo que “foeniculum” se refere ao diminutivo de foenum (feno), uma erva cortada e posta para secar, usada como forragem de animais, principalmente bovinos. Foi atribuído ao funcho devido a ambas as plantas terem aroma semelhante nas folhas. Já o termo vulgare significa vulgar ou comum.
A planta funcho (Foeniculum vulgare) é herbácea perene ou bianual e foi descrita taxonomicamente pelo botânico inglês Philip Miller, em sua obra “Gardeners Dictionary”, de 1768.
O pé de funcho pode atingir até 2 metros de altura, embora seja comum alcançar, em média, 80 centímetros. Possui caules múltiplos, ocos, estriados em azul, eretos, glaucos (sem pilosidade), de cor verde intenso. Eles saem de um bulbo de cor verde muito pálido a quase branco. Cada um destes caules dá origem a ramos de onde surgem as folhas.
As folhas do funcho são longas, podendo chegar a 40 cm de comprimento e compostas por filamentos flexíveis. Elas se apresentam em cor verde-azulada, com brilho ceroso e sem pilosidade.
As inflorescências do funcho são cachos terminais com forma de umbela (guarda-chuva aberto) e variam de 5 a 15 cm de diâmetro. Cada uma, dependendo da variedade, contém de 4 a 20 raios. Deles saem de 20 a 50 umbelas menores que dão origem a flores hermafroditas minúsculas (de 2 a 5 mm de diâmetro), em cor que varia de amarelo-esverdeado a amarelo-enxofre, aspecto que se distingue da erva-doce (Pimpinella anisum) que possui flores brancas.
O fruto da planta funcho é do tipo aquênio, de onde saem duas sementes muito aromáticas, com forma que varia entre cilíndrica e ovoide.
Cada semente de funcho é achatada, seca, nervurada longitudinalmente, simétrica nas duas superfícies e mede de 3 a 12 mm de comprimento por 2 a 4 mm de largura. É muito aromática, apresentando perfume característico, conhecido como anis e erva-doce, devido à presença de uma substância chamada anetol. Tem cor que varia de verde-pálido a castanho-acinzentado.
A raiz do funcho é do tipo rizomatosa e tem forma de fuso. Ela é suculenta, pois armazena uma grande quantidade de água. Tem cor esbranquiçada e pode ser encontrada em lojas de produtos naturais e feiras populares como produto diurético.
Propriedades do funcho
O funcho é uma planta medicinal aromática (PAM) e também alimentícia, tendo grande importância para muitos países por ser matéria-prima para indústrias farmacêuticas, cosméticas e de perfumaria.
É uma planta reconhecida e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por suas propriedades medicinais. No Brasil, faz parte da RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (SUS), tendo monografia da espécie divulgada em 2015.
Em muitos locais do mundo, a planta é usada na medicina caseira para perfumar o hálito e para tratar distúrbios do sistema digestivo como dores de estômago, inchaços, gastrite, úlceras e prisão de ventre. É indicada como laxante, para reduzir gases, inclusive de bebês, e para facilitar a digestão. Ainda, para expectorar, descongestionar as vias respiratórias, aplacar dores de cabeça e na garganta e curar tosses, gripes e resfriados.
As raízes do funcho são empregadas em decocção que rendem chás com efeito diurético, emenagogo (provoca a menstruação), anti-hipertensivo, depurativo e estimulante das funções renais.
A planta funcho é conhecida popularmente pela ação galactagoga, ou seja, induz o aumento no volume de leite materno, anti-inflamatória e tranquilizante (também para bebês), combatendo a ansiedade e a insônia. Ainda, tem uso para amenizar cólicas menstruais, edemas, dores reumáticas e sintomas da menopausa. É indicada na medicina caseira para tratamento de afecções genitourinárias e inflamações oculares.
Na culinária as sementes são empregadas para aromatizar preparações. Os caules são usados em saladas e refogados. Aliás, há várias pesquisas ao redor do mundo que descrevem os fitonutrientes e os fitoquímicos desta planta que oferece muitos benefícios à saúde.
Até o momento, o que se sabe sobre o funcho (Foeniculum vulgare) é que esta planta contém catequinas e flavonoides como rutina, quercetina, apigenina, luteolina, hesperidina e eriocitrina. Apresenta alcaloides, taninos, poliacetilenos, polifenóis, tocoferóis, cumarinas e saponinas. Ainda, ácidos graxos insaturados como ácido petroselínico, oleico, linoleico e linolênico e os saturados como mirístico, palmítico, esteárico e araquídico.
Também contém esteróis e fenilpropanoides como trans-anetol, estragol e apiol. Além disso, apresenta monoterpenos oxigenados como timol e fenchona. Ainda, hidrocarbonetos monoterpênicos como limoneno, alfa-pineno e mirceno, entre outros, bem como óleos essenciais.
A planta funcho contém mucilagens, pectinas, ácidos clorogênicos e ácidos orgânicos como o cafeico, málico, cítrico, ferúlico e quínico. Também, vitaminas A, B, C e E, proteínas, carboidratos, fibras e sais minerais como potássio, cálcio, ferro, fósforo e zinco.
Assim, tais compostos fitoquímicos validam alguns usos tradicionais do funcho e ampliam as possibilidades de uso desta planta promissora para a indústria farmacêutica e nutracêutica, com ação antiespasmódica, estrogênica, antisséptica, inseticida, antifúngica, anti-inflamatória, diurética, expectorante, antimicrobiana e cicatrizante, entre outras.
Tipos de funcho
Funcho é o nome comum da espécie Foeniculum vulgare, pertencente à família Apiaceae, com cerca de 300 gêneros botânicos e 3000 espécies de plantas. Anteriormente chamada Umbelliferae, dela também fazem parte o aipo, a cenoura, a salsa, o coentro, a erva-doce (Pimpinella anisum) e o cominho.
Embora Foeniculum seja um gênero exclusivamente relacionado ao funcho, nem todas as plantas popularmente assim chamadas fazem parte dele, por exemplo, o funcho-bastardo (Anethum graveolens), também conhecido por endro e o funcho-da-china (Illicium verum), que é a especiaria anis-estrelado. Respectivamente, estas espécies fazem parte dos gêneros Anethum e Illicium.
Há várias subespécies e variedades de funcho (Foeniculum vulgare) com diferenças no teor de compostos químicos, nos óleos essenciais, no aroma e no sabor, tornando este gênero de plantas um dos mais interessantes. Conheça algumas a seguir:
1 - Foeniculum azoricum — é uma variedade da espécie Foeniculum vulgare nativa da Macaronésia (arquipélagos do Atlântico Norte, próximos da Europa e da África). Possui caules muito suculentos e doces, porém com menor teor de óleos essenciais, podendo ser consumidos frescos em saladas. É comercializada como erva-doce florentina. Relaciona-se com o nome Funchal, capital da Ilha da Madeira, em Portugal.
2 - Foeniculum capillaceum — variedade chamada popularmente de anis-doce, erva-doce e finocchio (Itália), ocorre no Brasil, na China, Alemanha, Eritreia, Croácia, Índia, Holanda, Polônia, Itália e nos Estados Unidos, com aroma e sabor levemente mentolado.
3 - Foeniculum dulce — variedade nativa da França, tem aroma muito adocicado de erva-doce com amadeirado e de especiarias, sendo a mais doce e similar ao anis do que outras da espécie. Também apresenta raízes menores. É muito valorizada devido ao óleo essencial, comercializado puro ou empregado na indústria cosmética e de perfumaria. Também aromatiza e dá sabor a muitos produtos da indústria alimentícia.
4 - Foeniculum officinale — esta variedade ocorre na Europa, em países como França, Espanha, Alemanha, Itália e Bélgica, bem como nos Estados Unidos, na China e no Japão. Foi descrita pelo botânico italiano Carlo Allioni (1728–1804) em 1785. É conhecida especialmente pelo uso medicinal.
5 - Foeniculum piperitum — nativa do Marrocos, da Palestina, Itália, das Ilhas Canárias, de Cabo Verde e de Açores, é também chamada carosella e funcho italiano, sendo bastante pesquisada cientificamente. Aliás, um estudo recente (2021), conduzido por Vincenzo Ilardi e Angelo Troia, da Universidade de Palermo (Itália) propôs a reavaliação desta planta como espécie independente e não subespécie de Foeniculum vulgare.
6 - Foeniculum purpureum — variedade chamada popularmente de erva-doce, folha roxa e erva-doce de bronze, apresenta folhas em cor roxo-bronze quando jovens e que se tornam verdes com o passar dos dias, fazendo um belo contraste com flores em amarelo-enxofre. Cresce em média 1,5 metro, sendo muito ornamental.
7 - Foeniculum sanguineum (Triano & A. Pujadas) — espécie nativa da Espanha e do Marrocos, descrita por Enrique Triano e José Antonio Pujadas-Salvá, com divulgação em 2015, pela Universidade de Málaga (Espanha). Distingue-se por ter flores com pétalas vermelhas e pólen rosa. Possui alto teor de limoneno e de óxido de piperitenona, ausente na espécie Foeniculum vulgare.
Para que serve o funcho
Saber para que serve o funcho é uma forma de compreender os motivos que tornam esta planta muito conhecida mundialmente. Ela é mais utilizada para fins medicinais. Contudo, é também empregada na preparação de iguarias da gastronomia e ainda para ornamentar ambientes, sendo cultivada em vasos, hortas e jardins, inclusive trazendo perfume e atraindo pássaros e borboletas.
Na medicina caseira, as sementes e raízes de funcho são empregadas em infusões e decocções de uso oral e tópico, sendo indicadas para tratar disfunções gástricas, digestivas, bem como gripes, resfriados, dores de cabeça, dentárias e reumáticas. Também para amenizar cólicas menstruais e sintomas associados ao período da menopausa.
Popularmente, o funcho é utilizado para controlar a pressão arterial e o diabetes. Além disso, acredita-se que os chás da planta ajudam a acalmar, a resolver impotência e a promover uma boa noite de sono e descanso restaurador.
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Porém, de modo comprovado cientificamente o funcho tem ação gastroprotetora, diurética, antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória e hepatoprotetora. O óleo essencial da planta, por exemplo, demonstrou atividade carminativa, estimulante da digestão e espasmolítica do músculo liso (em laboratório, com animais). Ainda, tem atividade analgésica, podendo ser usado para aplacar dores reumáticas e musculares.
Os extratos da planta e seus compostos fitoquímicos são confiáveis para promover a saúde física e mental, ajudando a prevenir e tratar doenças, confirmando, assim, muitos dos efeitos que a sabedoria popular atribui a ela e mostrando um grande potencial no desenvolvimento de fármacos mais naturais e econômicos.
O funcho também é uma planta simbólica, significativa para muitas culturas e que favorece a conexão das pessoas com a espiritualidade. Entre os anglo-saxões (a partir do século V), ela foi considerada uma das nove ervas sagradas, criada por Woden, também conhecido por Odin na mitologia nórdica, considerado o deus da magia, da poesia, da guerra, da poesia, do alfabeto rúnico e da morte.
Qual é o significado do funcho
Muito além da utilidade medicinal, alimentícia e ornamental, as plantas, tal qual todos os seres vivos, possuem energia e emanam vibrações capazes de produzir estados psicológicos variados. Elas podem despertar a fé, favorecer a cura e gerar otimismo.
A partir das características físicas e dos significados e simbolismos culturais que lhes são atribuídos, elas podem revelar aspectos relevantes da personalidade de uma pessoa e ainda oferecer informações que contribuem para o autoconhecimento e levam ao desenvolvimento individual.
O funcho, com suas pequenas flores amarelas dispostas em forma de guarda-chuva, indica uma personalidade sensível, sociável, acolhedora e que gosta de apreciar a beleza na arte e nos detalhes da vida. É alguém que busca se harmonizar com a natureza e encontra nela determinação e força para se desafiar e evoluir.
Em situações de grande exigência energética, dificuldades para assimilar ideias, sentimentos e fatos da vida, uma pessoa deve buscar contemplar uma planta funcho, de modo a perceber como as partes, aparentemente frágeis, se juntam para compor um todo firme e forte.
Diante de mudanças e de transições biológicas, quando alguém precisa compreender a importância da adaptabilidade e da oportunidade de expansão, deve buscar se conectar com o funcho, deixando-se envolver pelo aroma que a planta oferece. Nesta oportunidade pode mentalizar paz, alegria e otimismo, reacendendo as próprias energias, a esperança e a capacidade de usar recursos internos para prosperar e ser feliz.
O funcho desperta para a busca de aperfeiçoamento de virtudes e de talentos para concretizar objetivos e sonhos. Favorece as transformações internas com vistas ao momento presente e em direção ao futuro e inspira a encontrar respostas para os mistérios que a vida apresenta.
O funcho na espiritualidade
As plantas contribuem de várias maneiras para a vida humana e de outros seres vivos. Elas oferecem beleza, perfume e compostos químicos capazes de promover saúde física e mental. Ainda, influenciam estados psicológicos como entusiasmo, confiança e afetividade. Também promovem conexão com o Divino.
Assim, o significado do funcho na espiritualidade se relaciona com a visão de si sob a perspectiva do desenvolvimento de atitudes, de pensamentos e de sentimentos para evoluir na jornada da vida, de forma conectada e convergente ao ambiente. Diz respeito a confiar nas possibilidades de ser feliz.
Nesse sentido, são muitos os benefícios do funcho na espiritualidade que fazem desta planta uma das mais poderosas para promover estados psicológicos favoráveis ao bem-estar. Conheça alguns a seguir:
1 - Inspira a expandir as próprias forças e desenvolver talentos. Muitas culturas, principalmente aquelas em que os homens iam para batalhas, disseminavam o uso das sementes para aumentar a coragem e o vigor.
2 - Motiva a superar obstáculos e buscar expansão no tempo-espaço. O funcho está presente em praticamente todos os continentes, crescendo tanto de forma espontânea, como sendo cultivado para várias finalidades.
3 - Reforça a importância da sabedoria popular na construção do conhecimento universal. Diferentes culturas, apesar de algumas particularidades, reconhecem os benefícios proporcionados pelo funcho.
4 - Estimula a perceber a importância da ancestralidade na história da Humanidade. Por meio de lendas e mitos, a planta é reconhecida através dos tempos por suas propriedades, favorecendo estudos aprofundados.
5 - Desperta para a importância de se voltar à essência e oferecer o que de melhor provém dela. O óleo essencial de funcho é um dos mais ricos em compostos químicos benéficos para a saúde física e mental.
6 - Simboliza a longevidade e encoraja a desenvolver um legado positivo. Embora o funcho seja considerado uma praga vegetal nos Estados Unidos e na Austrália, ao longo das épocas, continua presente, já apoiou a recuperação de muitas pessoas e favorece a vida de outros seres vivos.
7 - Impulsiona a reflexão sobre o quanto cada ser carrega qualidades dentro de si que contribuem para a prosperidade individual e da comunidade. As sementes do funcho carregam muito do que há de melhor na planta.
8 - Influencia a compreender a importância de apoiar os demais na convivência em sociedade, oferecendo o exemplo das flores que se unem numa inflorescência similar a um guarda-chuva.
9 - Favorece perceber a beleza da Criação na natureza como um processo de integração de todos os seres vivos. Alerta para o fato de que cada um é parte de um todo e influencia a vida dos demais, gerando uma relação de causa e efeito.
10 - Purifica o corpo e a alma e promove harmonia, sendo uma das ervas recomendadas para banhos ritualísticos na Umbanda, inclusive para conexão com guias espirituais.
O funcho na saúde
Os benefícios do funcho na espiritualidade tornam esta planta significativa e facilitam a conexão de cada pessoa com seu íntimo, suas crenças, seus valores, seus objetivos, seus sonhos e seu propósito de vida.
Mas o significado do funcho na saúde talvez seja preponderante para tornar esta planta uma das mais respeitadas nos meios acadêmicos, bem como nas sociedades. Trata-se de um recurso natural de poder restaurador reconhecido.
Inclusive, no decorrer de milhares de anos, diversas civilizações usufruíram os muitos benefícios do funcho na saúde, tanto para promover bem-estar e tratar enfermidades em curso, como para prevenir males que influenciam negativamente os projetos e o cotidiano das pessoas. Encontre abaixo alguns deles:
1 - As diferentes partes do funcho (sementes, folhas, caules e raízes), das quais se obtém extratos e óleo essencial, apresentam atividade antioxidante, devido aos compostos bioquímicos como flavonoides, ácidos fenólicos e o fenilpropanoide trans-anetol.
2 - As sementes de funcho combatem a febre e ajudam a expectorar, uma vez que contêm os flavonoides quercetina e isoquercetina, compostos químicos que promovem atividade virostática.
3 - O óleo essencial extraído dos frutos verdes e das folhas de funcho combate a Staphylococcus aureus, bactéria causadora de infecções simples como acne e furúnculo ou graves como meningite, endocardite, pneumonia e sepse, uma vez que contém alto teor de trans-anetol.
4 - O extrato de sementes de funcho apresenta atividade antitumoral e citoprotetora, principalmente em relação aos cânceres de mama, fígado, cólon, cerebral, cervical e pulmonar, uma vez que contém anetol e seus análogos, como isoeugenol e eugenol.
5 - Os extratos etanólicos das sementes de funcho, por conterem compostos fenólicos e taninos, apresentam atividade antimicrobiana contra Micrococcus luteus, Mycobacterium smegmatis e Enterococcus faecalis, que podem causar infecções de pele, urinárias, hospitalares e outras que inclusive podem levar a óbito.
6 - A infusão de folhas de funcho tem efeito analgésico, dependendo da dosagem, contra dores de cabeça, de garganta, dentárias, abdominais, reumáticas e musculares, uma vez que contém flavonoides, que são anti-inflamatórios potentes que inibem a síntese de prostaglandina.
7 - Os extratos das sementes de funcho mostraram atividade inibitória da alfa-glicosidase, com potencial hipoglicemiante, uma vez que contém fenóis, saponinas, terpenoides, flavonoides e taninos.
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8 - O óleo essencial das sementes de funcho inibe o crescimento de cepas de bactérias como Pseudomonas, Xanthomonas, Agrobacterium, Erwinia, Clavibacter, Rhodococcus e Curtobacterium, que causam doenças em seres humanos e plantas de cultivo economicamente importantes para a alimentação, como pimentão, tomate, berinjela e outros.
9 - Uma xícara do bulbo de funcho contém apenas 27 calorias, 17% da meta diária de vitamina C para apoio imunológico, 10% de potássio que ajuda a regular a pressão arterial, cerca de 3 gramas de fibras, que apoiam o funcionamento dos intestinos, além de manganês, cálcio, ferro e vitaminas do complexo B, mostrando-se importante em várias funções do organismo.
10 - O óleo essencial e os extratos de funcho ajudam a tratar distúrbios ginecológicos como
cólicas menstruais, sintomas da Tensão Pré-Menstrual, como dor, ansiedade e depressão, bem como da menopausa, devido aos compostos fitoestrógenos como a sapogenina (diosgenina) e aos efeitos analgésicos e antiespasmódicos.
11 - O funcho favorece a saúde do cérebro, ajudando a prevenir doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer, uma vez que possui atividade antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo produzido por radicais livres em células do sistema nervoso.
12 - O funcho ajuda a proteger os olhos de doenças como a degeneração macular, pois apresenta atividade antioxidante decorrente de flavonoides, como a luteolina e da vitamina C, que favorece a produção de colágeno, proteína importante para a saúde oftalmológica.
13 - Os caules e bulbo de funcho, bem como uma infusão bem forte, usada como enxaguante ou em gargarejos, ajudam a combater bactérias bucais, que provocam mau hálito entre outros problemas.
Funcho onde e como usar
Os usos do funcho variam de acordo com os costumes de cada sociedade em que ele se faz presente. Entretanto, à medida que as descobertas científicas acerca dos compostos fitoquímicos, dos fitonutrientes e das propriedades desta planta vão se disseminando, novas aplicações vão sendo adotadas.
Quanto ao uso ornamental, o funcho é visto cultivado em hortas, jardins e vasos. Com aroma intenso e floração amarela, que traz delicadeza, alegria e atrai insetos polinizadores que favorecem o desenvolvimento de outras plantas, multiplicando a beleza da vida no planeta.
Além disso, o funcho é uma planta alimentícia da qual se pode utilizar folhas, talos, bulbos e sementes. É um ingrediente popular na culinária francesa e na italiana. Na Espanha, por exemplo, as folhas jovens e frescas da planta são empregadas para temperar azeitonas.
As folhas cruas, além de decorarem pratos da gastronomia, ainda podem compor saladas e, quando levemente refogadas, servem como guarnição para carnes e massas. Os talos são consumidos crus ou preparados como aspargos.
Os bulbos e caules do funcho, quando fatiados, rendem entradas e saladas cruas muito crocantes e refrescantes. Junto a maçãs verdes e temperadas com azeite de oliva e limão, são uma iguaria aromática e saborosa. Também podem ser ingredientes de vinagretes, inclusive misturados a frutas cítricas como laranjas e tangerinas.
Ainda, o bulbo cozido, refogado, assado ou grelhado tem textura macia e sabor leve, combinando com preparações de peixes como salmão e pintado, cenouras, abobrinhas, couve-flor e lentilhas. Misturado com cebolas, alho e condimentos, pode ser a base de risotos, molhos, ensopados, recheios de massas, sopas e cremes. Inclusive, nos Açores, um dos pratos típicos é uma sopa de feijão, inhame, folhas e caules de funcho.
As sementes destinam-se a condimentar pratos com peixes e frutos-do-mar. Aromatizam e dão sabor a conservas de vegetais, licores e outras bebidas. Na China e na Índia, elas são uma especiaria. Na culinária indiana, por exemplo, elas são moídas e misturadas ao tradicional tempero Garam Masala.
Talvez, o uso mais popular do funcho esteja relacionado às infusões e decocções feitas principalmente com caules, sementes e raízes da planta, que dão origem aos conhecidos chás. Mas o chá de funcho, para que serve?
Essa bebida tradicional é auxiliar no tratamento de diversos distúrbios do sistema respiratório, agindo como expectorante. Ajuda a promover bem-estar gastrointestinal, facilitando a digestão, sendo uma das melhores plantas para eliminar a prisão de ventre. Ameniza dores reumáticas, musculares, de cabeça, cólicas, sintomas da TPM, da menopausa e outras. Além de tudo, é diurético.
Além dos benefícios medicinais, o chá de funcho é bom para quê? Ele favorece um momento de pausa e reflexão, de tranquilidade e conexão com a espiritualidade ou com outras pessoas que desejem compartilhar da bebida e de uma roda de conversa. Ainda, promove a sensação de paz, entre outros benefícios para a saúde física, mental e relacional.
Para preparar um chá de funcho por infusão é simples! Basta levar uma xícara (240 ml) de água ao fogo e deixar levantar fervura. Adicione 1 colher (sopa) de sementes ou de folhas picadas, tampe e aguarde cerca de 10 minutos. Coe e adoce a gosto, se desejar.
No uso tópico, tanto as infusões como as decocções são técnicas adotadas para produzir banhos e compressas que produzem alívio para dores, limpeza para a pele e descanso para os olhos, além de efeitos anti-inflamatórios e cicatrizantes.
Mas se neste momento você está se perguntando: banho de funcho para que serve? Saiba que ele é um dos mais relaxantes e proporciona perfume agradável. Além disso, considerando o aspecto místico, ele promove alegria, esperança, purificação energética, harmonização dos chakras e conexão espiritual.
Para preparar o banho de funcho: leve ao fogo 2 litros de água e deixe levantar fervura. Adicione um punhado generoso de sementes e folhas trituradas e deixe ferver por cinco minutos. Tampe, deixe amornar e coe. Após o banho de higiene, jogue o líquido do pescoço para baixo aos poucos, mentalizando bons pensamentos e sentimentos de otimismo e de harmonia.
O óleo essencial de funcho é também um dos produtos da planta com uso amplo. Ele pode ser aplicado sobre a pele para tratar edemas, ferimentos, prevenir acne e rugas. Quando misturado com água, pode servir a bochechos e proteger a boca. Pode ser consumido em gotas para trazer alívio a dores estomacais e tratar distúrbios intestinais.
Ainda, pode ser adicionado a banhos de assento para tratar doenças do trato genitourinário. Com um óleo carreador, é aplicado em massagens para relaxar e eliminar dores. É insumo na fabricação de vários produtos da indústria farmacêutica e de cosméticos, estando nas formulações, por exemplo, de cremes dentais e de pomadas.
Há uma variedade de itens que envolvem o funcho como matéria-prima nas lojas de produtos naturais, farmácias e supermercados, entre eles: chás com folhas secas e sementes em pacotes e em sachês, pó das raízes, óleo essencial, tinturas, cápsulas, géis, cremes, balas etc. Ao redor do mundo, há muitas patentes que envolvem a planta e que a tornam economicamente importante.
Contraindicações e efeitos colaterais do funcho
O conhecimento dos compostos fitoquímicos, das propriedades e dos benefícios de uma planta é essencial para que se faça uso seguro dela para alcançar os resultados desejados, com riscos reduzidos de efeitos adversos que podem trazer problemas graves, bem como interações medicamentosas perigosas e que eventualmente acarretam óbito. Para a planta funcho, apesar de reconhecidamente importante na manutenção da saúde física e mental, alguns cuidados devem ser adotados. Veja o porquê:
1 - O tratamento convencional para qualquer enfermidade crônica, como diabetes, hipertensão, câncer etc. não deve ser substituído pelo uso de produtos à base de funcho.
2 - Qualquer produto de funcho destinado ao uso oral deve ter como base o cultivo orgânico da planta.
3 - O uso de fitoterápicos de qualquer tipo deve ser sempre orientado quanto às doses e frequência de consumo por um fitoterapeuta ou por um médico, considerando o histórico pessoal de quem fará uso.
4 - Como qualquer alimento, o funcho deve ser consumido com moderação. Ele contém estragol, substância fenilpropanoide que atua como antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante, mas que, em excesso, pode promover o crescimento de células cancerígenas.
5 - O chá de funcho pode provocar embriotoxicidade com alterações morfológicas, celulares e esqueléticas aos fetos. Portanto, somente deve ser consumido por mulheres gestantes sob orientação médica.
6 - O chá de funcho, suas contraindicações e possíveis interações medicamentosas estão relacionadas aos efeitos indesejados no uso concomitante do antibiótico ciprofloxacina, de anticonvulsivantes e fármacos para tratamento de epilepsias.
7 - O óleo essencial de funcho somente deve ter uso oral por lactantes e crianças com idade inferior a quatro anos mediante prescrição médica.
8 - Embora o chá de funcho na amamentação tenha indicação na medicina caseira como auxiliar para “descer o leite”, ele somente deverá ser consumido sob indicação médica.
9 - O óleo essencial de funcho, por conter anetol e miristicina, se aplicado em altas doses, pode provocar reações alérgicas na pele e no trato respiratório. Além disso, as cumarinas presentes no produto podem viabilizar o surgimento de edema, vesículas e hiperpigmentação cutânea resultantes do efeito fototóxico da planta.
10 - A ingestão excessiva de óleo de funcho pode provocar efeitos alucinatórios e anticonvulsivantes. Portanto, ela deve ser feita mediante a recomendação de um profissional especializado em fitoterapia ou de um médico. Ainda, deve ser mantido fora do alcance de crianças e de animais.
11 - O uso prolongado de chá de funcho para eliminar gases e cólicas infantis está associado aos sintomas de telarca (aparecimento do broto mamário em crianças entre 8 e 13 anos), pois os níveis de estradiol são 106 vezes maiores que os valores normais. No surgimento destas manifestações, o uso deve ser interrompido de imediato e um médico deve ser consultado.
12 - Pessoas com gastrite, úlceras gastroduodenais, colites ulcerosas, Doença de Crohn, Síndrome do Cólon Irritável, doenças hepáticas, Doença de Parkinson e outras de ordem neurológica, somente devem fazer uso oral de funcho sob orientação e acompanhamento médico.
Como plantar e cuidar do funcho
Apesar das contraindicações e efeitos colaterais, esta planta traz muitos benefícios para a vida humana. Assim, não é incomum que as pessoas desejem ter um pé de funcho em casa, que, como erva ruderal, é muito fácil de ser cultivada, se propagando por sementes e por estacas. Então, encontre a seguir as dicas sobre como plantar funcho em vaso a partir das sementes e de maneira orgânica:
1 - Adquira as sementes de funcho de boa procedência, solicitando pelo nome botânico da espécie ou da variedade. Considere as partes da planta que mais irá utilizar. A espécie Foeniculum azoricum, por exemplo, apresenta caule bulboso e similar ao aipo, próprio para uso alimentar.
2 - Plante o funcho na primavera, posterior à última frente fria, se você residir em local de clima ameno ou no outono, se o clima for quente. Escolha um vaso com cerca de 30 cm de profundidade por 30 cm de diâmetro, que tenha um orifício no fundo para facilitar a drenagem da água. Lembre-se que o funcho é uma planta com raízes profundas.
3 - Forre o fundo do vaso com uma camada de argila expandida, brita ou caco de telha.
4 - Adicione uma mistura de partes iguais de terra, matéria orgânica e esterco bovino curtido até cerca de 2 cm da borda do vaso. O funcho se desenvolve melhor em solos férteis, úmidos e com pH de neutro a alcalino, entre 6 e 7.
5 - Coloque três sementes no centro do vaso. Cubra com uma camada fina de terra, sem pressioná-las. Faça uma rega com água de boa qualidade, sem encharcar o solo.
6 - Evite deixar o vaso próximo de cultivos como coentro e endro, impedindo a polinização cruzada com estas plantas. Caso ocorra, poderá haver alteração do sabor das folhas, dos caules e das sementes do funcho, que ainda terão menor produção.
7 - Mantenha o vaso em local com incidência de luz solar, por pelo menos 4 horas diárias, mas evite a exposição da planta quando o sol estiver a pino.
8 - Regue a planta, sem encharcar o solo sempre que houver necessidade. Faça o teste do indicador na profundidade da terra para verificar se está faltando umidade. O excesso de água pode apodrecer as raízes.
9 - A muda deverá surgir por volta de duas semanas. Se houver mais de uma, transfira a menos vigorosa para outro vaso ou descarte. O funcho precisa de espaço para crescer e produzir um bulbo grande e saudável.
10 - Elimine ervas ao redor do funcho que concorrem com nutrientes da terra e acabam por retardar o crescimento da planta.
11 - Quando surgir o bulbo do funcho, cubra-o com terra. Esse procedimento tem o nome de branqueamento e ajuda a tornar essa parte da planta clara e doce ao ser protegida do sol.
12 - Coloque uma estaca para dar suporte ao pé de funcho. Ele pode atingir cerca de 1,5 metro de altura e os caules são propensos à quebra.
13 - Colha as folhas e os talos de funcho tão breve a planta cresça, o que deve ocorrer por volta de 4 meses. Use uma tesoura de jardinagem esterilizada e corte-os 5 cm acima do bulbo, sem exagerar na quantidade a ser extraída, o que pode enfraquecer a planta.
14 - Se preferir colher o bulbo do funcho, considere que ele deve estar com no mínimo o tamanho de uma bola de tênis. Neste caso, corte logo abaixo dele, na linha do solo e use-o imediatamente ou mantenha-o em refrigerador. Lembre-se que, quanto maior ele estiver, mais ele poderá se tornar amargo. Evite colhê-lo após o surgimento das flores.
15 - Caso deseje colher as sementes de funcho, lembre-se de que elas devem estar maduras, assim que as flores ficarem marrons. Como elas são soltas, coloque uma tigela grande ou um tecido embaixo da planta e chacoalhe o caule. Outro procedimento é embrulhar a coroa floral com gaze e retirá-las posteriormente quando colher o caule.
16 - Seque as sementes sobre uma bancada. Espalhe-as, coloque uma peneira sobre elas e deixe-as à sombra por volta de 10 dias ou até que estejam bem secas.
17 - Guarde as sementes de funcho em um recipiente bem vedado, em local fresco e escuro. Elas podem durar até seis meses.
18 - Fertilize o solo pelo menos uma vez ao ano. Podem ser utilizadas cascas de ovos trituradas que suprem as necessidades de cálcio da planta. Se preferir, aplique cinzas de madeira. Elas são fonte de potássio e possuem grande parte dos nutrientes que o funcho necessita para se desenvolver, além de tornarem o solo mais alcalino e arejado. Apenas, evite aproximar muito do bulbo.
19 - Atente-se para o surgimento de pulgões no pé de funcho. Observe a existência de joaninhas. Elas são predadoras naturais deles. Caso elas não ocorram, pulverize a planta com uma solução de partes iguais entre água, vinagre e detergente e retire-os manualmente com ajuda de um lenço.
Mitos e verdades sobre o funcho
O conhecimento sobre as plantas, principalmente as milenares, chega às pessoas por meio da sabedoria popular, transmitidas de geração em geração e também a partir da divulgação dos resultados de pesquisas científicas que vão sendo desenvolvidas ao redor do mundo e que são disseminadas pelos meios acadêmicos, publicações específicas e pela mídia.
Porém, ainda permanecem conceitos inconsistentes em relação a elas que provocam enganos e aumentam os riscos relacionados ao uso de fitoterápicos, não sendo diferente em relação ao funcho. Por isso, conheça a seguir mitos e verdades sobre esta planta.
1 - Funcho é o mesmo que erva-doce — mito — embora o funcho seja popularmente referido como erva-doce, ele é da espécie Foeniculum vulgare, enquanto esta outra planta da família Apiaceae é da espécie Pimpinella anisum.
2 - O chá de funcho é calmante — verdade — desde que seja feito com partes aéreas e sementes da planta, ele possui atividade ansiolítica, uma vez que contém terpenos como limoneno, linalol, pineno e eugenol, com ação sobre o alívio da ansiedade.
3 - Mulher grávida pode tomar chá de funcho — mito — o consumo do chá de funcho só deve ocorrer durante a gestação sob prescrição e monitoramento médico, uma vez que há evidências científicas de influências estrogênicas da planta em fetos de ratas, mostrando riscos para humanos.
4 - O funcho (Foeniculum vulgare) pode ajudar a tratar a depressão — verdade — o extrato metanólico da planta é promissor no desenvolvimento de fármacos para tratar o transtorno, dependente da dose, embora sejam necessários estudos que identifiquem os agentes bioquímicos que contribuem para tal efeito.
5 - O chá de funcho emagrece — mito — a redução significativa de peso corporal foi demonstrada com ratos em laboratório para o extrato etanólico das sementes da planta. O chá está associado à saciedade subjetiva, mas não há evidência de um agente bioquímico na bebida que produza este resultado.
6 - O funcho é bom para gases — verdade — a planta apresenta atividade carminativa, uma vez que possui substâncias químicas que agem para o funcionamento adequado do sistema digestivo, por exemplo, o anetol.
7 - A planta funcho (Foeniculum vulgare) é matéria-prima para a fabricação de sabonetes e produtos de limpeza — mito — a planta tem difundidos e consolidados os usos ornamental, alimentar e medicinal. Com nome popular de erva-doce, a planta destinada à finalidade mencionada é a Pimpinella anisum.
8 - Mulheres que sofrem com câncer de mama ou que estão em tratamento da doença não devem consumir funcho — verdade — como a planta pode produzir efeitos similares aos estrogênios, o uso oral da planta somente deve ser adotado mediante prescrição e monitoramento de um médico.
9 - Chá de funcho aumenta os glúteos — mito — as evidências científicas apontam que as alterações no peso e na distribuição de gordura corporal em mulheres na menopausa, por exemplo, não foram significativas, estabelecendo a necessidade de estudos com amostra maior e investigação aprofundada.
10 - O óleo essencial de funcho ajuda a prevenir tromboses — verdade — por conter anetol, ele apresenta atividade antitrombótica, antiplaquetária, vasorelaxante e desestabilizadora de coágulos.
11 - As sementes de funcho são mais empregadas como tempero em pratos salgados — verdade — elas são muito utilizadas em preparações deste tipo nas culinárias indiana, chinesa, mediterrânea e do Oriente Médio. Já as sementes de Pimpinella anisum são empregadas em pães, doces, bolos e biscoitos.
Confira 10 motivos excelentes para cultivar plantas em casa
Para concluir, você conheceu o funcho (Foeniculum vulgare) e os benefícios que ele traz para a saúde física, mental e espiritual das pessoas. Além disso, esta é uma planta milenar repleta de significado e que proporciona paz, alegria e bem-estar. Outras plantas do Oráculo Floral também são extraordinárias e influenciam a vida de cada um de diversas formas. Descubra todas elas, acessando os links abaixo...
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