A malva é conhecida desde o século VIII antes de Cristo, sendo que um exemplo vem de Horácio (65 - 8 a.C.), um dos maiores poetas da Roma antiga, que dizia que alguém que fosse ao campo para uma refeição, teria a planta à mesa junto com azeitonas e chicória. Contudo, os fins ornamentais e medicinais desta planta eram os que mais atraíam as civilizações.
Também chamada de malva-comum, malva-verde, malva-silvestre, malva-das-boticas, malva-selvagem, malva-alta e malva-maior, esta planta da família Malvaceae tem várias espécies, sendo a Malva-sylvestris L. uma das mais conhecidas, cultivada como planta ornamental e que tem amplo uso fitoterápico.
O que você encontrará nesse artigo:
E sobre ela há muito a saber! Continue a leitura e descubra tudo o que ela pode oferecer para sua saúde, espiritualidade e para a sociedade como um todo.
O que é Malva?
A malva é uma planta da qual as folhas e as flores podem ser utilizadas como alimento, em várias preparações culinárias. Ainda, folhas e raízes são aproveitadas na produção de medicamentos, pois possuem propriedades calmantes, laxativas e emolientes, entre outras.
Com origem na Europa, no norte da África e na Ásia, o nome malva vem da palavra grega malakos, que significa brando e suave. Já sylvestris se refere ao habitat natural da planta, que cresce espontaneamente nos campos, em terrenos baldios e às margens dos caminhos.
Na Grécia Antiga, a planta era a base de um remédio recomendado como essencial para se ter em casa, com o qual se podia curar vários males. Os povos do Mediterrâneo faziam preparações gastronômicas com ela.
Os romanos, por sua vez, cultivavam-na nos jardins devido à beleza das folhas e das flores. Também por utilizarem a planta na culinária e como remédio, necessário para curar ressacas após as orgias.
Além disso, o historiador, político e naturalista romano Plínio, o Velho (23-79), disse que uma poção feita a partir de sumo de malva ajudava a evitar a indisposição ao longo do dia, atribuindo-lhe uma característica energizante.
Já, Pedânio Dioscórides (50-70), nascido em Tarso (atual Turquia) e o mais importante farmacêutico e botânico de sua época, referência até o século XVI, recomendava a planta como base para tratar de várias enfermidades e infecções. Os astecas, por sua vez, utilizavam-na para facilitar o nascimento dos bebês.
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Muito estudada ao longo do tempo, esta planta mede de 40 cm a 1 metro. Tem caule ereto, de casca fibrosa, aveludado e ramificado. As folhas medem de 7 cm a 15 cm e têm cor verde ou verde-acastanhado. Possuem contorno arredondado e são recortadas e serrilhadas. Apresentam lanugem áspera, porém mole e macia ao toque.
As flores da Malva sylvestris L., estão entre rosa-púrpura e lilás, com nervuras mais escuras. Elas exalam odor ao serem manipuladas e quando se abrem, nos meses mais quentes, entre a primavera e o verão. Atingem entre 2 cm e 4 cm de diâmetro e apresentam cinco pétalas afastadas, largas e chanfradas na parte superior e estreitas na base.
A malva ainda possui frutos que ficam agrupados em círculo e em gomos, similares a uma tangerina, porém com medida que varia entre 7 mm e 9 mm de largura por 2 mm de espessura. Têm cor verde e estão maduros quando ficam castanhos.
Propriedades da Malva
Com uso ornamental, medicamentoso e alimentar, a malva chamou a atenção de estudiosos da farmacologia e da botânica de diversos locais do mundo ao longo do tempo. Assim, foram identificadas as propriedades desta planta que contribuem para prevenir e tratar diversas enfermidades.
No Brasil, a malva é um fitoterápico utilizado na medicina popular em muitas regiões, sendo uma planta de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e tendo literatura analítica sobre suas propriedades e usos.
Até o presente momento, o que se conhece é que a espécie Malva sylvestris, por exemplo, contém vários fitoquímicos que atuam de diferentes formas no organismo e ajudam a promover saúde e bem-estar. Entre eles estão: aminoácidos, proteínas, flavonóides, derivados fenólicos, cumarinas, enzimas, mucilagem como ácido glucurônico, galactose, frutose, glicose, sacarose e outros.
Também contém tanino, vitaminas A, B1, B2, C e E, além de pigmentos, ácidos graxos (ômega-3 e ômega-6), esteroides e óleos glicólicos, responsáveis por várias funções do organismo, como a produção de energia, o crescimento normal das células, o controle metabólico e a renovação celular.
É fonte de polissacarídeos e várias classes de terpenoides, como monoterpenos, diterpenos, sesquiterpenos e nor-terpenos, com muitas propriedades, sendo, em geral, anti-inflamatórias, bactericidas, fungicidas e antinecrosantes.
A malva pode auxiliar no tratamento de inflamações de garganta, de faringe, bronquites, tosse, sintomas gripais e outras doenças respiratórias, principalmente desobstruindo as vias congestionadas e trazendo alívio. Inclusive, existem balas de malva, com sabor agradável, que ajudam a aplacar dores de garganta e rouquidão. A planta também se mostra eficiente para cuidar de problemas gastrointestinais.
As folhas, as flores, os frutos e as raízes, cada qual a seu modo, contém ativos com ação cicatrizante, emoliente, hidratante e adstringente, que promovem benefícios diversos, tornando-a importante tanto no tratamento de inflamações da pele quanto no de mucosas.
Há muito a malva é usada para favorecer a recuperação da saúde de pessoas e tem aplicação em produtos cosméticos para peles sensíveis, pós-sol, pós-barba, xampus e outros. É matéria-prima na fabricação de cremes dentais, enxaguantes bucais e muitos produtos da indústria farmacêutica.
Além disso, pesquisas mais recentes confirmaram que a Malva sylvestris possui propriedades anticancerígenas e hepatoprotetoras, que inibem os radicais livres e ajudam a proteger os tecidos, principalmente do fígado.
Tipos de Malva
A família Malvaceae é bastante vasta, com cerca de 765 espécies. Ocorre em todos os estados brasileiros. Dela faz parte o gênero Malva, que possui cerca de 30 espécies distribuídas principalmente pela África, Ásia e Europa. Algumas delas são:
1 - Malva sylvestris - nativa da Europa, oeste da Ásia e norte da África, esta espécie ocorre no mundo todo.
2 - Malva aegyptia - nativa da Grécia, norte da África e Ásia ocidental até o Turcomenistão, foi introduzida na África do Sul.
3 - Malva aethiopica - espécie endêmica no norte da Etiópia, renomeia a espécie Lavatera abyssinica, também da família Malvaceae.
4 - Malva alcea - também conhecida como malva-almiscarada, malva de folhas cortadas, malva de verbena e malva rosa. É nativa da Europa, leste da Rússia, do norte da Espanha ao sul da Suécia, sudoeste da Ásia e Turquia.
5 - Malva assurgentiflora - também conhecida como malva da ilha, malva da missão, malva real, malva rosa e malva rosa da ilha. Renomeia a espécie Lavatera assurgentiflora. É cultivada na Califórnia (EUA).
6 - Malva canariensis - também conhecida como Lavatera acerifolia e Malva acerifolia, é própria das Ilhas Canárias, com origem na região mediterrânea.
7 - Malva cretica - nativa da Tunísia, ilhas do mar Egeu, Turquia, Sardenha, Sicília, Itália, Albânia, Creta e Chipre, foi naturalizada na França e em Mônaco.
8 - Malva dendromorpha - ocorre no sudoeste dos Estados Unidos. Substitui o nome Lavatera arbórea.
9 - Malva hispânica - também conhecida como malva-da-Espanha é nativa da Península Ibérica e do noroeste da África.
10 - Malva microcarpa - é nativa da região mediterrânea, da Índia e do Paquistão.
11 - Malva microphylla - é nativa do Marrocos, ocorrendo também em todas as regiões do Brasil e da África do Sul.
12 - Malva mohileviensis - ocorre no Japão, na China, na Rússia, sendo rara na Europa e no Paquistão.
13 - Malva moschata - conhecida como malva almiscarada, é nativa da Europa, Espanha, norte da Grã-Bretanha, Polônia, Rússia, sudoeste da Ásia e Turquia. Foi introduzida na América do Norte, na Nova Zelândia e na Escandinávia.
14 - Malva neglecta - é conhecida como malva comum nos Estados Unidos, erva de botão, erva de queijo, malva anã e malva de folha redonda. Ocorre nas Ilhas Canárias, no norte da África, no subcontinente indiano, na Península Arábica, na Ásia Ocidental, no Cáucaso, na Ásia Central, na Mongólia, na China, na Europa.
15 - Malva nicaeensis - conhecida como malva de touro, é nativa da Europa, Ásia menor, Mediterrâneo e foi naturalizada no México e na Califórnia (Estados Unidos).
16 - Malva pseudolavatera - chamada de malva de Creta e malva cretense, é nativa do sul da Europa, Norte da África e Ásia Menor. Foi naturalizada na Califórnia, nos Estados Unidos.
17 - Malva pusilla - também conhecida como malva rotundifolia, malva pequena, malva baixa e malva de folhas redondas, é nativa das áreas de clima temperado da Europa, do Mediterâneo, do noroeste do Irã, da Turquia e do Cáucaso. Ocorre nos Estados Unidos.
18 - Malva qaiseri - chamada de malva preta, é muito comum no Paquistão.
19 - Malva stipulacea - é nativa da Espanha e se espalha por toda a Península Ibérica.
20 - Malva subovata - também chamada de malva arbórea, é nativa do Mediterrâneo central e ocidental.
21 - Malva transcaucasica - ocorre no norte do Cáucaso, na Armênia, na Geórgia, no Turcomenistão, no Irã e no Azerbaijão.
22 - Malva tournefortiana - nativa da Europa e do Marrocos, é bastante comum na Península Ibérica, em Portugal e na França.
23 - Malva trifida - nativa da Espanha, é endêmica no centro e sul da Península Ibérica.
24 - Malva verticillata - também conhecida como malva chinesa e malva cluster, é nativa da Ásia, sendo encontrada no leste desta região, desde o Paquistão até a China.
Para que serve a Malva
Conhecida mundialmente e conforme a cultura de cada região, a malva é empregada principalmente como alimento e como medicamento. Inclusive, o termo malva designa muitas plantas que embora sejam da mesma família não são do mesmo gênero na classificação científica.
É o caso da malva que no estado do Amazonas tem um forte papel social, pois é fonte de renda de famílias ribeirinhas, que a cultivam para a produção de fibras para sacaria, cordas, sapatos, estofamentos de automóveis, etc. Embora ela seja da família Malvaceae, ela é do gênero Urena lobata L., portanto diferente da Malva sylvestris.
De modo semelhante, a malva do reino, conhecida como hortelã-graúdo, malvariço e malvarisco, é uma planta medicinal originária da Nova Guiné, comum nas hortas caseiras do Brasil. Contudo, ela não é uma malvácea. Com nome científico Plectranthus amboinicus, ela é da família Lamiaceae.
Entretanto, a Malva sylvestris, conhecida no país como malva-comum, é uma planta ornamental, dada a beleza de suas folhas e flores, alimentícia, devido aos seus nutrientes benéficos à saúde e medicinal, devido aos componentes fitoterápicos que auxiliam no tratamento de vários problemas.
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Esta espécie de malva tem indicações como agente anti-infeccioso e expectorante para o sistema respiratório. Também é anti-inflamatório e gastroprotetor, com benefícios para o sistema digestivo. É antisséptico, antimicrobiano, emoliente, adstringente, analgésico, cicatrizante e antioxidante para a boca, garganta e pele, entre outras aplicações.
Além disso, é uma planta que tem uso veterinário em casos de tratamento de prisão de ventre de animais domésticos, especialmente cães.
As folhas da Malva sylvestris podem ser consumidas em saladas e sopas. Também podem ser maceradas ou preparadas em chás e infusões para consumo ou servir como base de compressas e emplastros.
As flores (também comestíveis) e as raízes destinam-se a fins farmacológicos. Na indústria, podem ser matéria-prima para xaropes, cremes dentais e pomadas, entre outros produtos.
Além disso, a Malva sylvestris é uma planta espiritual. Na Europa, ela foi considerada a flor das noivas e das esposas que esperavam que os noivos e os maridos retornassem das campanhas militares, sendo uma expressão de fé e de esperança.
Qual é o significado da Malva
Para além da utilidade alimentícia, ornamental e medicinal, as plantas, assim como todos os seres vivos, possuem energia e produzem sensações e estados emocionais. São capazes de despertar equilíbrio, alegria e paz. A partir de suas características físicas, assim como pela significação cultural que lhe é atribuída, elas podem revelar aspectos importantes da personalidade das pessoas.
A partir disso, cada uma oferece informações que contribuem para o autoconhecimento, evidenciando aspectos que devem ser fortalecidos e desenvolvidos para que cada pessoa alcance evolução.
No caso da Malva sylvestris, ela é uma planta capaz de afastar a negatividade, estimular a intuição, a sorte e o sucesso. Ela pode motivar felicidade e proteger o lar de inveja, de mau-olhado, de intrigas e de discórdias. Desperta a fé e a esperança e eleva o poder de encantar a pessoa amada.
Esta planta está relacionada à fidelidade e à confiança no amor. Proporciona tranquilidade, contentamento e disposição para superar dificuldades e tristezas. Ainda, ajuda a refletir e a se conectar com o divino.
A Malva na espiritualidade
Como visto no item anterior, a energia das plantas e as vibrações que elas produzem podem contribuir de diversas formas, desde trazendo beleza, perfume e cor até influenciando aspectos mentais e psicológicos como a expansão da intuição, a alegria e a afetividade.
Além disso, o significado da malva na espiritualidade se relaciona com a conexão ao “Eu Superior”. Igualmente, com o desenvolvimento de atitudes para evoluir na jornada da vida. Logo, ele amplia as características favoráveis da planta para a saúde do corpo e da mente.
Assim, é possível identificar alguns benefícios da malva na espiritualidade. Veja a seguir!
1 - Inspira ampliar os horizontes e avançar no espaço-tempo, tal qual as diferentes espécies que estão presentes em praticamente todas as partes do globo terrestre.
2 - Desperta a perseverança e a esperança diante das adversidades como atitudes que levam ao progresso. A malva tanto nasce espontaneamente em terrenos secos e pedregosos, como por intermédio de cultivo.
3 - Estimula o amor, em todas as suas formas, pois algumas espécies possuem folhas em formato cordiforme, símbolo universal desse sentimento.
4 - Exemplifica a importância de superar obstáculos com força individual, pois o pé de malva nasce em locais aparentemente inóspitos.
5 - Evidencia a fidelidade como exemplo do amor verdadeiro, principalmente em função de uma lenda europeia em que uma moça chamada Malva esperou por anos o retorno do noivo desaparecido e por onde ela passou chorando a saudade dele, nasceu um pé da planta, com folhas em formato de coração.
6 - Desperta a importância de conexão com a sabedoria ancestral e com algo superior ou divino, uma vez que suas flores buscam a luz do sol.
7 - Impulsiona a expressar gratidão. Faz alusão ao Festival da Malva-Rosa no Japão, realizado em maio, conhecido por “Aoi Matsuri”, que teve origem no século VI, para agradecimento aos deuses por terem cessado os estragos do mau tempo, quando lhes foi oferecido um buquê das flores de malva.
8 - Proporciona, por meio da ingestão de uma xícara do chá de malva, a reflexão para a prática da empatia e da bondade, virtudes que devem nortear o ser humano.
9 - Influencia a perceber a beleza da Criação na natureza, como um processo integrativo dos seres vivos. Também desperta a compreensão de si como parte de um todo.
A Malva na saúde
Como observado, são vários os benefícios da malva na espiritualidade que tornam esta planta significativa para viabilizar a conexão de uma pessoa com seu interior e com suas crenças e valores.
Igualmente, há muitos e importantes benefícios da malva na saúde. Eles dizem respeito tanto a promover bem-estar e restabelecimento no caso de enfermidades em curso, quanto prevenir males que podem vir a perturbar o equilíbrio físico, mental e espiritual, interferindo negativamente na vida, nos projetos e no cotidiano das pessoas.
Além disso, o significado da malva na saúde amplia a importância desta planta que há milhares de anos é conhecida da Humanidade com efeitos terapêuticos e alimentares comprovados empiricamente e por meio de estudos científicos. Veja alguns deles a seguir:
1 - As folhas jovens, os brotos, as flores podem ser consumidos em saladas, sopas e cozidos, pois contém nutrientes como derivados fenólicos, flavonoides, terpenoides, enzimas, ácidos graxos essenciais e outros que ajudam a manter várias funções do organismo.
2 - Ajuda a regular o sistema digestivo, agindo contra a constipação, pois possui mucilagens, taninos, flavonoides tanto nas folhas quanto nas flores, com ação emoliente, mucolítica e laxante.
3 - Pelo menos 13 ácidos orgânicos estão presentes nas folhas de Malva sylvestris, como malonato, malato, oxalato, fumarato e citrato, que contribuem para a ação imunológica e antioxidante do organismo, ajudando na prevenção de doenças.
4 - A planta contém malvona-A, uma fitoalexina com ação antisséptica, anti-inflamatória e analgésica, para uso tópico nas afecções bucais, das gengivas e na garganta. Ainda auxilia na prevenção da halitose.
5 - Por conter polissacarídeos, principalmente pectinas, ajuda a ajustar a insulina no sangue, sendo uma planta com ação antidiabética.
6 - Contém antioxidantes como xantofilas, que protegem as funções cognitivas. Também clorofila A e B, que melhoram as funções do fígado e ajudam a desintoxicar o organismo, promovendo a eliminação de metais pesados por meio das fezes e da urina.
7 - É um alimento com ação terapêutica. Contém lipídios, estigmasterol, e-sitosterol, esteróide campesterol, ácido linolênico e ácidos graxos ômega 6 e ômega 3, que ajudam a prevenir várias doenças, como câncer e aquelas que afetam o sistema cardiovascular.
8 - Por possuir ácidos ascórbicos (vitamina C) e tocoferol (vitamina E), tem ação antioxidante e anti-inflamatória, prevenindo o risco de desenvolvimento de doenças como Alzheimer e câncer.
9 - Os extratos etanólicos obtidos das flores e das folhas da malva têm impacto sobre a bactéria Helicobacter pylori, sendo também significativos no tratamento de úlceras e cânceres gástricos.
10 - A planta pode ser usada para tratar de abcessos, hemorroidas, furúnculos, contusões, dermatites, inchaços e várias ulcerações, pois possui ação antisséptica, antibacteriana, emoliente e cicatrizante, além de flavonoides com ação anti-inflamatória.
11 - Aplaca dores menstruais, reumáticas e artríticas pois possui ação analgésica e anti-inflamatória.
12 - Com ação antisséptica e antibacteriana, a malva pode ser usada no combate de inflamações do trato urinário e genital feminino.
Malva onde e como usar
A malva tem benefícios comprovados pela experiência popular e cientificamente. Seu uso vem se aperfeiçoando ao longo das épocas a partir das descobertas dos fitoquímicos que a compõem. Assim, atualmente, muito se pode obter desta planta.
Enquanto alimento, é possível consumir as folhas de malva em saladas, em refogados e em preparações cozidas.
Considerando a finalidade terapêutica e a funcionalidade da malva medicinal é possível utilizar as folhas em chás obtidos por meio de decocção ou infusão.
Os benefícios do chá de malva se relacionam com efeitos anti-envelhecimento, analgésicos, anti-inflamatórios, calmantes e relaxantes para regular o sono. Ainda, pode ser ingerido para aliviar ou prevenir prisão de ventre, desde que sem exagero, pois tem efeito laxativo.
O chá de malva é bom para que as inflamações da boca sejam tratadas, podendo ser usado em gargarejos e bochechos. Também é indicado para o preparo de banhos.
Mas, para que serve o banho de malva? Quando usado na forma de vapor, ele ajuda a desobstruir as vias respiratórias.
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Ainda é possível realizar banho de assento, com ação anti-inflamatória e antisséptica para auxiliar no tratamento de infecção vaginal.
As folhas maceradas ainda podem ser usadas em emplastros e compressas para tratar de ferimentos da pele, queimaduras do sol e dores locais.
Quanto às flores de malva, elas podem ser consumidas frescas em saladas e em sobremesas. Já as desidratadas ou secas são usadas em chás e em banhos de vapor, junto com as folhas ou separadamente. Aliás, elas são muito apreciadas na Europa.
É importante saber que malva é um nome comum dado às plantas da família Malvaceae. Contudo há uma confusão frequente quando se usa um nome popular para duas espécies distintas da planta. Um exemplo disso é o que ocorre com o termo malva-comum, que tanto designa a Malva sylvestris aqui no Brasil, quanto a Malva neglecta nos Estados Unidos.
Do mesmo modo, por hábito popular, alguns chamam de malva plantas semelhantes por alguma característica, porém de famílias distintas. Assim, o que é malva cheirosa, tanto se refere à Malva moschata, da família Malvaceae, quanto ao Pelargonium graveolens, que trata-se de uma planta com flores perfumadas da família Geraniaceae (dos gerânios).
Um outro exemplo é a malva branca, também conhecida como guanxuma, malva-almiscarada e malva veludo, que embora seja da família Malvaceae, na verdade é do gênero Sida.
E se você já se perguntou para que serve malva 7 dor, imaginando que trata-se de uma planta igual ou semelhante à Malva sylvestris, saiba que ela é diferente, pois pertence à família das Lamiaceae, sendo da espécie Plectranthus barbatus, também chamada de boldo-da-terra, boldo-de-jardim, falso-boldo, boldo-brasileiro e malva-santa. Possui ação antioxidante e auxilia no tratamento das desordens hepáticas e no combate a piolhos.
Assim, há que se ter atenção de modo a não utilizar inadequadamente uma planta acreditando ser outra, pois os efeitos podem ser ineficientes e até prejudiciais.
Outro ponto importante é que existe no mercado o óleo de malva rosa, na verdade extraído do gerânio rosa. Da Malva sylvestris é obtido o chamado extrato oleoso de malva. Ainda que apresentem propriedades fitoquímicas semelhantes, atuam de forma distinta no organismo. Inclusive, este extrato pode ser aplicado em massagens para aliviar dores, suavizar a pele de picadas de insetos e para trazer bem-estar.
Contraindicações e efeitos colaterais da Malva
Conhecer as propriedades, os benefícios e os usos de uma planta, seja ela comestível, terapêutica, ornamental ou todas as alternativas ao mesmo tempo é um fator fundamental para aproveitar ao máximo tudo o que ela pode oferecer.
Ao mesmo tempo, é preciso ter em mente que as plantas, por mais simples que sejam, contém agentes químicos que atuam de diversas formas, trazendo efeitos esperados e alguns indesejados. Isso justifica as contínuas investigações científicas sobre as propriedades das plantas.
No caso da Malva sylvestris não são conhecidas reações adversas ou efeitos colaterais relevantes que causem insegurança quanto ao uso, conforme estabelece a “Monografia da Espécie Malva sylvestris L. (malva)” publicado em 2015 pelo Ministério da Saúde.
De qualquer forma, caso haja qualquer reação inesperada do organismo acerca do uso de cremes dentais, chás, emplastros, massagens ou similares, é aconselhável procurar um médico. Do mesmo modo, é prudente que a malva não seja utilizada por gestantes, lactantes, crianças até 12 anos e idosos. As pessoas que fazem uso contínuo de medicamentos devem solicitar aconselhamento médico antes de utilizar produtos à base da planta.
Como plantar e cuidar da Malva
Com tantos benefícios para a saúde e poucas contra-indicações, é compreensível que haja o interesse em ter uma muda desta espécie extraordinária em casa. Mas aí vem a pergunta: como plantar a malva?
Em primeiro lugar é importante saber que a Malva sylvestris é uma planta arbustiva, cíclica e bianual, o que significa que ela irá crescer, florir, dar frutos e após o segundo ano, um novo plantio deverá ser feito.
E se você está se perguntando como cuidar da planta malva para que ela cumpra seu ciclo de vida, acompanhe os passos a seguir:
1 - Adquira as sementes ou estaquias (mudas) de procedência confiável para garantir a qualidade e a espécie correta da planta.
2 - Lembre-se que a malva é nativa de climas temperados, porém tolera climas mais quentes. Ela também pode ser cultivada em locais montanhosos, com até 1.300 m de altura. Sob temperaturas elevadas e amenas ela é bianual. No primeiro ano, ela se mantém em fase vegetativa. As flores e frutos irão surgir no segundo ano, quando o ciclo de vida terá fim.
3 - Escolha um local que possa oferecer luz pelo menos durante quatro horas por dia e proteja a planta de geadas e de inverno muito rigoroso, pois sob climas frios, ela passa a se comportar como planta anual.
4 - Atente-se para o fato de que o solo ideal para plantio da malva deve ser rico em matéria orgânica, arenoso e bem drenado, pois ela não tolera umidade excessiva, que inclusive, pode apodrecer as raízes. As regas devem ser frequentes na fase de desenvolvimento dos botões florais, sempre levando em conta a umidade do solo.
5 - Caso queira ou necessite adubar a malva, este procedimento deverá ocorrer na primavera, considerando que o melhor adubo é o orgânico, produzido com húmus de minhoca.
6 - Considere que o plantio com sementes deve ocorrer no outono, enquanto que as mudas devem ser plantadas na primavera. No solo, deve ser mantida a distância de 60 cm entre mudas ou sementes e 70 cm entre linhas. Se for plantar sementes ou estaquias num vaso, escolha um de tamanho médio, com altura e diâmetro de no mínimo 30 cm, pois as raízes da malva gostam de espaço e profundidade.
7 - Se a muda plantada no vaso crescer muito, transplante-a para um maior ou para o solo do jardim ou do quintal. Neste caso, retire-a com cuidado, preservando todas as raízes e o torrão de terra.
8 - Coloque substrato ou terra até metade do vaso e acomode a planta no centro. Preencha todo o entorno da muda e aperte o suficiente para firmar a planta no solo. Regue bem e leve para um local quente e iluminado.
9 - Eventualmente, elimine as ervas daninhas que estiverem próximas da muda, pois elas podem prejudicar o desenvolvimento da planta.
10 - Retire da planta as inflorescências murchas e os ramos secos, de modo a provocar a floração. Ela deve parecer vivaz. Aliás, se você já teve a oportunidade de conhecer a flor de malva, sabe que ela é de uma beleza ímpar.
Além disso, dependendo da variedade, a planta pode apresentar flores brancas, amarelas, róseas, lilases, vermelhas, violetas e até pretas, que na verdade são de um tom bem fechado de roxo.
11 - A floração deve ocorrer no outono e a colheita das folhas deve ser feita logo que surgirem os primeiros botões. O melhor período é pela manhã, logo após o orvalho matinal, antes do sol evaporar os óleos voláteis das folhas.
A flor de malva silvestre tem uma cor que varia do rosa ao lilás. Já a flor de malva real (Lavatera trimestris) pode ser rósea, branca ou vermelha.
Caso você deseje ter a flor malva vermelha, deverá optar pela espécie Malvaviscus arboreus Cav. do gênero Malvaviscus, lembrando que ela é chamada no exterior de malva de cera, touca de turco e hibisco adormecido, pois permanece semifechada, mas atrai borboletas e beija-flores. Além disso, a variedade “Terry Red” da espécie Althea rosea tem flores na mesma cor.
E se você comprou sementes ou mudas para ter a flor de malva azul e na floração percebeu que elas são lilases, não estranhe, pois pode haver variação.
Ainda, a flor de malva rosa (Althea rosa), apesar do nome popular da planta, pode ter cores variadas.
12 - Mantenha a atenção às folhas para garantir que não estão sendo atacadas por fungos. A luz solar na planta ajuda a preveni-los. Os caracóis também apreciam comê-las. Outras pragas importantes são as aranhas vermelhas, os gorgulhos e os mosquitos verdes. Por isso, é fundamental fazer tratamento de prevenção com fungicidas do início da primavera até o fim do verão.
Mitos e verdades sobre a Malva
Há muitas informações sobre as plantas que as pessoas conhecem por meio da sabedoria popular e também a partir das muitas pesquisas científicas que foram sendo realizadas ao longo dos séculos. Contudo, também há conceitos inconsistentes que provocam equívocos e elevam os riscos relacionados aos fitoterápicos. Por isso, conheça abaixo os mitos e as verdades sobre a malva.
1 - A malva é medicinal - verdade - de acordo com cada espécie, há propriedades fitoterápicas que ajudam a proteger o organismo e auxiliam nos tratamentos de recuperação da saúde. Contudo, o uso da planta não deve substituir a terapêutica médica.
2 - A malva protege o sistema imunológico - verdade - ela possui mucilagens, antocianina e propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas.
3 - A malva cheirosa é a Malva sylvestris - mito - o nome popular também se refere à espécie Pelargonium graveolens, que pertence à outra família e tem o óleo essencial como matéria-prima utilizada na indústria de perfumaria e cosmética.
4 - Chá de malva ajuda na proteção bucal de pacientes de quimioterapia - verdade - ele é indicado como enxaguante bucal preventivo e cicatrizante de problemas da boca como lesões decorrentes da hipersensibilidade das gengivas durante o processo quimioterápico.
5 - Existe uma cor chamada malva - verdade - é púrpura pálida parecida com o lavanda e com o lilás, registrada em 1611. Além disso, em 1856, o químico William Henry Perkin descobriu acidentalmente o corante (sintético) nomeado malveína, de cor púrpura, que revolucionou a indústria têxtil, química e farmacêutica.
7 - A década 1890 é referida como a “Década Malva” - verdade - mas não devido ao consumo da planta e sim devido à popularidade da cor entre os artistas progressistas da época como Oscar Wilde e Aubrey Beardsley.
8- A malva branca é a Malva sylvestris - mito - este é um dos nomes populares para a espécie Pelargonium odoratissimum, da família Geraniaceae, que se parece com malva. Também refere-se à Sida cordifolia e à Waltheria americana, da família Sterculiaceae.
9 - A flor malva branca é parte da Sida cordifolia - verdade - ela é comum neste gênero de planta, mas também está presente em variedades da família Malvaceae, como a Malva pusilla.
10 - A malva do mato nasce espontaneamente - verdade - ela é considerada uma planta intrusa e nasce principalmente nos campos, em pastagens e margens de estrada.
11 - Uma das funções da malva é proteger outras culturas - verdade - a Malva assurgentiflora e a Malva subovata são cultivadas com a finalidade de formar uma cortina quebra-vento para preservar outras espécies.
12 - A Malva sylvestris pode crescer até três metros de altura - mito - este tamanho pode ser alcançado pela Malva canariensis, desde que ela esteja em habitat natural, ou seja, nas Ilhas Canárias.
Concluindo, você conheceu as curiosidades sobre a Malva sylvestris, bem como os benefícios que ela oferece para a saúde. Além disso, ela é um símbolo de expansão, vivacidade e afetividade. Para descobrir o que outras plantas do Oráculo Floral podem acrescentar à sua vida, acesse os links abaixo!
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