A guiné é uma planta ornamental e medicinal, muito conhecida no país, principalmente por benzedeiras e praticantes da umbanda e do candomblé, pois a ela são atribuídas propriedades mágicas.
Popularmente chamada de amansa-senhor, rabo-de-gambá, raiz-do-congo, gambá, erva-pipi, erva-de-alho, erva-de-tipi, tipi e mucuracaá, entre outros, de acordo com cada região em que é encontrada, a guiné pertence ao gênero botânico Petiveria L. e à família das Phytolaccaceae, sendo a Petiveria alliacea L. a mais difundida no país.
O que você encontrará neste artigo
Também referida no masculino (o guiné), essa planta é utilizada na medicina popular como repelente de insetos e de serpentes e para aumentar a resistência imunológica do organismo. Tem muitas propriedades importantes para a saúde e para o bem-estar das pessoas, além de um forte significado espiritual. Siga a leitura e saiba tudo o que ela pode oferecer!
O que é guiné?
A guiné (Petiveria alliacea) é uma planta medicinal tóxica, que, para fins terapêuticos, precisa ser utilizada com conhecimento e cuidado, preferencialmente sob orientação de um fitoterapeuta ou de um médico.
É popularmente conhecida por ser antiespasmódica, antimicrobiana, diurética, sudorífica, estimulante, emenagoga (que provoca a menstruação) e hipoglicemiante. Acredita-se que é uma planta mística, sendo amplamente usada em rituais religiosos.
Nativa da floresta Amazônica e de áreas tropicais da América do Sul, da América Central, do Caribe e da África, a guiné ocorre em todas as regiões brasileiras. É uma planta herbácea aromática e perene que cresce ereta, podendo chegar até 2 m de altura, e tem um odor similar ao de alho, pois possui compostos de enxofre.
Além disso, a guiné é invasora, podendo se proliferar sem a necessidade de muitos cuidados. Tem caule e ramos estreitos, retilíneos, lisos e verdes quando jovens, mas que passam a ter cor levemente ocre quando maduros.
As folhas são alternadas, ovaladas, pontiagudas no cume, resistentes, flexíveis, com verso felpudo, de espessura fina e sustentadas por pecíolos (as partes que ligam a lâmina ao caule) curtos. Têm de 3 a 13 cm de comprimento, com uma nervura central na vertical, levemente pilosa. Apresentam margem lisa ou levemente ondulada.
As flores são pequenas, brancas, com quatro pétalas, e se fixam diretamente em ramos longos. Já os frutos são pequenas cápsulas tubulares espinhosas, medindo de 8 a 10 mm de comprimento e que se prendem no pelo de animais e nas roupas das pessoas, como estratégia de propagação da planta.
As raízes são fibrosas, flexíveis e se fixam profundamente na terra. São muito utilizadas em pó, para decocção, e cruas, para mastigar, ou em palitos, para aliviar dores de dente. Apresentam propriedades variadas, sendo muito estudadas quanto aos fitoquímicos que contêm e os impactos que eles causam na saúde humana e de outras espécies.
Inclusive, no Brasil, a planta guiné teve uma grande importância durante o período colonial, especialmente ligada à escravatura. Era utilizada para provocar desinteresse, sensação de fadiga e prostração de feitores de escravizados e donos de engenho.
Naquela época, as raízes eram moídas ou raspadas para obter um pó. Então um pouco era adicionado ao chá, café, bebidas e comida desses escravocratas. Quantidades pequenas eram suficientes para que eles ficassem calmos (dopados) e pouco interessados em promover abusos, inclusive sexuais, que eram comuns nas fazendas de engenho.
Por isso, um dos nomes populares dado à guiné é amansa-senhor. E o uso frequente era capaz de gerar afasia, a perda da noção da realidade e até levar à morte devido à toxicidade da planta.
Propriedades do guiné
A planta guiné (Petiveria alliacea) é uma espécie bastante estudada, principalmente porque é tradicional na medicina popular, tem ampla distribuição geográfica, facilidade de cultivo e pode representar uma alternativa na complementação terapêutica para doenças economicamente significativas.
Assim, muitas propriedades atribuídas à planta pela sabedoria popular têm relação com fitoquímicos identificados em análises científicas, que contribuem de diversas formas para a vida humana. Ela é rica em compostos ativos, como petiverina, glicosídeos saponínicos, esteroides, alcaloides, flavonoides e taninos.
Além disso, contém cumarinas, estilbenos, sulfetos (trissulfeto de hidroxietilbenzila, dissulfeto de dibenzila e trissulfeto de dibenzila), ácido benzoico, B-sitosterol, nitrato de potássio, benzoato de benzila, polifenóis, ácidos urônicos, ácidos graxos essenciais (ácido linoleico, ácido palmítico e ácido esteárico), benzaldeído, glicose, glicina e pinitol, entre outros.
Então, de uma forma geral, a guiné é antinociceptiva (reduz a percepção da dor), tem efeito analgésico. Tem propriedade anti-inflamatória, cicatrizante, antiviral, antifúngica, antiprotozoária, antimicrobiana, antileucêmica e antitumoral.
Inclusive, principalmente nas raízes da planta, concentra-se a maior parte dos agentes bioquímicos. As folhas, por sua vez, auxiliam nas funções do sistema imunológico e urinário, a partir de preparações de chás, banhos e emplastros para uso tópico.
Assim, como planta medicinal, a guiné pode ser usada para aplacar dores musculares, artríticas, reumáticas, de dente, de garganta e de cabeça e atuar de diversas formas positivas sobre o organismo, desde que seja utilizada da forma, na frequência e na dose corretas.
Além disso, já foi comprovada a propriedade da guiné de repelir insetos e atuar como inseticida de ambientes. Da mesma forma, tem efeito repulsivo para serpentes da espécie de jararaca Bothrops moojeni, conhecida como caiçaca e jararacão, conforme a tese “Uso Popular e Atividades Antiofídicas e Repelente da Planta Medicinal (Erva Tipi) Petiveria alliacea L. (Phytolaccaceae) Frente ao Veneno e a Serpente Bothrops moojeni”, em 2021, da Universidade do Tocantins, Brasil.
Ao mesmo tempo, várias pesquisas científicas também apontam que a guiné planta, por seu extrato metanólico das sementes, provoca contrações uterinas (Oluwole & Bolarinwa, 1998).
Mas a utilização mais comum é vista em rituais religiosos e relacionados com a espiritualidade. Há muito, a sabedoria popular lhe atribui propriedades associadas à mudança de padrões energéticos e ao resgate do equilíbrio. A guiné é uma planta protetora indicada para defender as pessoas e os ambientes contra espíritos obsessores, inveja e mau-olhado.
Tipos de guiné
Com fitoquímicos importantes no uso medicamentoso e muito significativa culturalmente, a guiné é uma planta do gênero Petiveria, que contém 10 espécies conhecidas. Contudo elas se referem a sinonímias (outros nomes para a mesma planta) aceitas pela Botânica para a espécie Petiveria alliacea.
Aliás, essa espécie traz discordâncias entre alguns botânicos sobre quais seriam as variedades da espécie Petiveria alliacea. Mas o gênero foi caracterizado no século XVIII por Carl Linnaeus, que a relatou como espécie única.
Nesse sentido, as espécies Petiveria correntina, Petiveria foetida Salisb, Petiveria hexandria, Petiveria ochroleuca, Petiveria tetrandra, Petiveria graveolens, Petiveria hexaglochin, Petiveria octandra L. e Petiveria paraguayensis se referem à mesma planta, sendo ela a guiné.
Para que serve o guiné
A sabedoria popular atribui à guiné o uso medicinal com ação anti-inflamatória e analgésica, especialmente utilizada nas infecções da garganta, para fortalecer a gengiva, evitar cáries dentárias, aliviar dores de dente, de cabeça, musculares, artríticas e reumáticas.
Também é indicada para aliviar sintomas da gripe, bronquite e asma. Ainda, para baixar a febre, aliviar cólicas menstruais e tratar de cistite e doenças venéreas e para controlar a diarreia.
Contudo saber para que serve a planta guiné, de modo seguro e com base científica, é fundamental para obter dela benefícios para a saúde física e mental. Nesse sentido, há comprovação sobre ela proteger o sistema imunológico, produzindo células que combatem vários tipos de doenças.
Também tem ação antimicrobiana e efeito hipoglicemiante, sendo capaz de reduzir o índice de açúcar no sangue, além de auxiliar no tratamento de problemas digestivos e proteger o fígado.
Proteja-se com plantas que afastam maus espíritos
A guiné pode ser usada como planta ornamental, sendo de fácil cultivo e propagação. Contudo é importante que fique fora do alcance de crianças e de animais domésticos, que podem consumir suas folhas e flores.
Além dos usos medicinal e ornamental, é na conexão com a espiritualidade que a guiné tem grande impacto, pois a ela é creditado o poder de afastar as energias negativas e aumentar a proteção contra inveja e mau-olhado e também atrair sorte. Faz parte de vários rituais, e as folhas, caule e raízes secas são usados na confecção de amuletos, entre eles a figa de guiné.
É uma planta muito popular entre benzedeiras, curandeiros e babalorixás, presente em rituais significativos de religiões como a umbanda e o candomblé. Também é ingrediente de garrafadas utilizadas em celebrações religiosas de santos da Igreja Católica, uma tradição que remonta à época da colonização.
A planta guiné, na umbanda, por exemplo, é dedicada a Oxóssi e a Ogum, sendo usada em rituais, rezas e trabalhos contra forças negativas, por meio de defumação e banhos.
Em relação ao candomblé, a guiné é dedicada a Oxóssi e a Ossaim, sendo usada em todas as obrigações de cabeça (rituais realizados após a iniciação para fortalecer a relação entre os filhos de santo e seus orixás) e nos banhos de purificação.
Qual é o significado do guiné
As plantas são capazes de trazer alegria e boas energias. Basta lembrar do quanto faz bem passear pelo campo, por um jardim ou simplesmente apreciar um vaso ou um buquê de flores. Elas produzem vibrações que despertam, com facilidade, emoções, pensamentos e sentimentos.
Com base nisso, a guiné é reconhecidamente uma planta poderosa, associada às energias de proteção, boa sorte e cura do corpo e da mente. Ter características da personalidade associadas a ela significa mostrar-se com simplicidade, alegria, sinceridade e altruísmo.
A guiné diz respeito a alguém com grande empatia, que aceita as pessoas como elas são, porque compreende a importância das diferenças no processo evolutivo espiritual. Está relacionada com quem gosta de progresso e de empreender ações com foco em realizar seus sonhos.
Ao mesmo tempo, também pode indicar uma pessoa que precisa se fortalecer e resgatar a própria individualidade, principalmente por ser alguém que deixa de se priorizar, por estar vivendo um período de dependência emocional ou num relacionamento tóxico que precisa ser repensado, reformulado ou eliminado.
Ainda, sinaliza alguém que busca alcançar paz interior e manter a autoestima elevada, mantendo uma atitude otimista para atrair felicidade. É o tipo de pessoa que, sendo gentil, acolhedora e generosa, luta para se desvincular de energias negativas alheias.
Essa planta revela uma personalidade que respeita a ancestralidade e busca a sabedoria que os laços afetivos podem proporcionar. Também reflete alguém que valoriza a fé e o desenvolvimento da espiritualidade.
O guiné na espiritualidade
Conforme mencionado no tópico anterior, é possível perceber que a energia das plantas podem contribuir não só trazendo beleza, perfume e cor, mas também influenciando estados mentais e psicológicos, como o otimismo, a alegria e a fé.
Além disso, é indiscutível o significado do guiné na espiritualidade, pois tanto a sabedoria popular quanto as religiões, principalmente aquelas de matriz africana, reconhecem o poder dessa planta para despertar a fé.
E, apesar do trocadilho, a guiné planta espiritualidade nas pessoas, na medida em que favorece a busca pela conexão com o divino e o autoconhecimento. Ela amplia a compreensão de que há uma sutil ligação entre o ser humano, seu habitat e o Todo.
Nesse sentido, é possível destacar alguns benefícios do guiné na espiritualidade. Veja a seguir.
1 - Favorece a cura física e espiritual, despertando o entusiasmo (Deus dentro de si) e energias positivas de esperança.
2 - Reforça a positividade diante das adversidades e de situações estressantes, principalmente pela crença de que cria um campo de força capaz de afastar espíritos obsessores e más energias.
3 - Inspira a coragem, a iniciativa e a confiança, pois tem o poder de impedir que energias negativas, como a inveja, entrem no ambiente familiar ou no local de trabalho.
4 - Traz a convicção de que, no ambiente em que for colocada, haverá sorte e boas vibrações.
5 - Atrai bom humor, felicidade, reflexão e o desenvolvimento da espiritualidade.
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6 - Ajuda a restabelecer a paz e a afastar as perturbações emocionais, libertando o espírito para se conectar com a individualidade e a espiritualidade, principalmente porque purifica os ambientes e traz alegria.
7 - Promove descarrego e abertura de caminhos.
8 - Corta a negatividade e ajuda a resgatar o equilíbrio emocional, especialmente entre os nativos dos signos de Capricórnio e Aquário, pois trata-se de uma planta regida pelo planeta Saturno.
9 - Altera os estados de desânimo e de estresse com origem nas demandas cotidianas e do trabalho, trazendo bem-estar, superação de problemas e prosperidade.
10 - Auxilia a fechar o corpo contra as energias que vibram nas frequências de angústia, dor, tristeza, violência, pois desperta para a conexão com o “Eu Superior” e um olhar sobre as próprias forças.
11 - Permite identificar a importância da espiritualidade como parte da saúde integral do ser humano e meio de evolução.
O guiné na saúde
Os benefícios do guiné na espiritualidade são muitos e tornam essa planta muito significativa para favorecer a conexão de uma pessoa com sua individualidade, suas crenças e seus valores.
De modo semelhante, o significado do guiné na saúde a torna uma das mais importantes na medicina popular e também nos centros de pesquisa mundiais, principalmente porque já foi comprovado que ela é capaz de prevenir doenças, auxiliar no processo de cura e promover estados de paz interior e alegria.
Logo, há importantes benefícios do guiné na saúde que mostram a potência dessa planta na vida das pessoas, para favorecer o bem-estar físico, mental e espiritual. Conheça alguns deles!
1 - Apoia o sistema imunológico, pois estimula a produção de linfócitos, interferon e interleucinas, aumentando em 100% a atividade das células exterminadoras naturais, também chamadas de células “killer”.
2 - Apresenta ação antimicrobiana sobre bactérias gram-positivas e gram-negativas, como E. coli, Pseudomonas spp, bacilo da tuberculose, e contra vários tipos de fungos e leveduras como o Candida albicans.
3 - Tem efeito hipoglicemiante, demonstrado em laboratório, com redução dos níveis glicêmicos após uma hora de consumo de até 60%.
4 - Protege o fígado de hepatites medicamentosas em função dos compostos sulfurosos que tem, desde que ministradas doses diluídas e adequadas.
5 - Tem comprovada ação anti-inflamatória, podendo tratar de problemas bucais, pois contém a substância B-sitosterol.
6 - Apresenta ação antioxidante decorrente de fitoquímicos como flavonoides, cumarina, lipídios, compostos de enxofre e triterpenos.
7 - Representa um antiespasmódico digestivo, sendo indicada para tratamento de distúrbios gastrointestinais.
8 - Auxilia no tratamento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, pois contém loliolídeo, com efeito imunossupressor, que diminui a inflamação de articulações, assim como as extra-articulares.
9 - Protege contra a osteoporose, devido ao componente fitoquímico benzil glicosilado (benzil-b-glucopiranosídeo).
10 - Promove atividade inseticida, especialmente por suas substâncias esteroides.
11 - Fortalece o processo de aprendizagem, a memória de curta duração (MCD), a memória de longa duração (MLD) e a memória espacial, pois produz metabólitos que, junto com flavonoides, favorecem tal efeito.
12 - Atua como antiepiléptica, antidepressiva, ansiolítica e ansiogênica, devido à composição bioquímica, que varia conforme as condições climáticas, de solo e de coleta da planta, além da relação com os procedimentos de uso.
Guiné – onde e como usar
Tanto a prática popular quanto as análises científicas sobre as substâncias bioquímicas da guiné para uso medicamentoso mostraram que ela tem muitas propriedades benéficas ao organismo, principalmente associadas às folhas e às raízes.
Assim, as folhas da planta são muito frequentemente utilizadas para fazer chá, por meio de decocção ou infusão, que pode ser empregado em banhos, escalda-pés e compressas.
E, se a essa altura, você já se interessou em saber quais são os benefícios do banho de guiné, entenda que esse é um dos usos mais frequentes das folhas dessa planta cheia de boas energias.
O banho da planta guiné deve ser feito após a higienização do corpo, preferencialmente no final do dia, imediatamente antes de dormir. Ele é próprio para relaxar, purificar as energias e se conectar com o “Eu Interior”. Basta aplicar uma infusão coada de sete folhas para cada litro de água do pescoço para baixo.
Também, com indicação de um médico ou de um fitoterapeuta sobre a dose e a frequência adequadas, o chá de guiné pode ser ingerido para tratar de problemas do sistema digestivo. Ainda, para fazer bochechos, de modo a aplacar dores de dente e problemas na gengiva.
As folhas ainda podem compor o chá de 7 ervas e, com outras matérias-primas, são utilizadas na produção de incensos indicados para transformar as energias do ambiente. Quando maceradas, são a base de emplastros para aliviar dores musculares ou das articulações.
Os ramos e as folhas juntos podem ser utilizados para fins espirituais, no que se chama de bate-folhas, tanto para benzimentos, quanto para descarregos. Também são empregados em defumações. E, quando incinerados, eles ajudam a repelir mosquitos e outros insetos.
As raízes, muito amargas, podem ser moídas e transformadas em pó, sendo a base de cataplasmas para aplicar sobre inflamações da pele, desde que com orientação de um fitoterapeuta, de um médico ou de quem é bom conhecedor da medicina popular.
Além disso, elas podem ser mastigadas, tendo efeito analgésico e anti-inflamatório para problemas bucais, sendo que não devem ser ingeridas.
Contraindicações e efeitos colaterais do guiné
Conhecer as características, as propriedades, os usos e os benefícios de uma planta é fundamental para aproveitar, com segurança, tudo que ela pode oferecer. Aliás, é importante considerar que ela contém agentes químicos que atuam de formas variadas, trazendo efeitos previstos e alguns indesejados.
Nesse sentido, as pesquisas sobre a guiné confirmam que ela contém substâncias benéficas para a saúde, assim como algumas toxicidades que podem levar uma pessoa ou um animal a óbito. Assim, é fundamental ter atenção às contraindicações de uso e aos efeitos colaterais associados a ela. Conheça a seguir!
1 - A guiné pode ser encontrada em lojas de produtos naturais na forma de folhas secas, óleo essencial, pó, cápsula, extrato e tinturas. É possível que na embalagem haja uma indicação de dosagem diária entre 400 e 1.250 miligramas. Porém a indicação de um especialista deve ser prioritária.
2 - O uso prolongado ou em altas doses da guiné, em chá ou em pó adicionado aos alimentos pode causar efeitos colaterais como tremores, problemas de coordenação motora, convulsões e confusão mental. Também podem surgir alucinações, insônia, apatia e alterações no sistema nervoso central.
3 - Gestantes não devem fazer uso da guiné, especialmente de produtos à base das sementes da planta, que estimulam as contrações uterinas, com alto potencial para abortos espontâneos. E lactantes e crianças devem usá-la somente sob orientação médica.
Como plantar e cuidar do guiné
Nos tópicos anteriores, vimos que a guiné traz benefícios ao ser humano, como planta ornamental, medicinal e espiritual. Portanto ter um pé dessa espécie botânica em casa ou no trabalho, além de ser uma forma de se conectar com a natureza, representa também poder fazer uso de tudo que ela oferece de melhor.
Contudo, se você não sabe como plantar guiné, é fundamental primeiro ter em mente que se trata de uma planta rizomatosa, o que significa que o caule tem raízes subterrâneas que crescem tanto na vertical quanto na horizontal. Além disso, ela é invasora e pode se multiplicar rapidamente.
Outra questão importante, antes de começar o plantio, é saber onde colocar a planta guiné. Para decidir, considere que ela é perene, ou seja, vai nascer, crescer e florir por mais de dois anos.
Outro ponto é que, para impedir que as vibrações negativas entrem na sua casa ou no seu local de trabalho, ela deve ficar próxima das portas de acesso. Agora veja o passo a passo de como cuidar da planta guiné.
1 - Adquira as sementes ou mudas de um local confiável, de modo a garantir a qualidade da planta.
2 - Prefira solo rico em nutrientes, úmido e bem drenado. Caso precise melhorar a qualidade, use esterco de galinha curtido ou húmus de minhoca.
3 - No fim da tarde, cave um pouco a terra e acomode de três a quatro sementes da planta e cubra. Se preferir plantar uma muda, mantenha o torrão e acomode-a de forma que ela não fique com o caule muito encoberto de terra. Cubra todo o entorno do torrão e firme a planta no solo.
4 - Dê preferência a manter a planta em local iluminado e arejado. Ela se adapta a climas mais quentes, com temperaturas de 13 °C a 30 °C. Porém deve estar abrigada em caso de calor excessivo, geadas e frio intenso.
5 - Deixe um espaço de 50 cm entre plantas e linhas caso queira cultivar mais de uma muda diretamente no solo, ou escolha um vaso médio se preferir cultivá-la dessa forma.
6 - No plantio, regue o solo, sem encharcá-lo.
7 - No dia a dia, somente regue a planta quando o solo não estiver úmido. Ela tolera melhor solos mais secos e uma curta estiagem do que excesso de água.
8 - Elimine as folhas que porventura estejam amareladas e lembre-se de que a floração ocorre no finzinho da primavera e no verão – nos meses de novembro a março. E os frutos, que não são comestíveis, surgem entre abril e maio.
9 - Colha as folhas no início da manhã, dando preferência às mais verdes.
Mitos e verdades sobre o guiné
Ao longo do tempo, muito foi sendo descoberto a respeito das plantas, quer pela experiência demonstrada na medicina popular, quer por meio de pesquisas científicas. Contudo ainda há informações imprecisas que geram crenças infundadas, que levam ao uso perigoso de fitoterápicos. Com a guiné não é incomum. Por isso, conheça mitos e verdades sobre essa planta.
1 - A planta guiné gosta de sol – verdade. Embora ela cresça bem em áreas de cobertura natural de outras plantas, ela é nativa de climas tropicais e precisa da luz solar por pelo menos três horas diárias.
2 - A planta guiné é venenosa – verdade. Ela apresenta atividade tóxica subaguda em dose de 1.270 mg/kg. As raízes e as folhas apresentam substâncias citotóxicas, zigotóxicas e antimitóticas. Para alguns animais, é letal, e pode ser perigosa para humanos.
3 - O veneno indígena curare é feito com guiné – mito. A planta pode até compor a formulação, mas o princípio ativo vem de espécies dos gêneros Strychnos e Chondodendron. Inclusive, o veneno pode ser feito exclusivamente com elas.
4 - O chá de guiné é um anticoncepcional – mito. Não há comprovação científica de qualquer fitoquímico da planta que comprove essa afirmativa.
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5 - A guiné pode proteger lavouras – verdade. Aplanta contém dibenziltrissulfeto, que tem efeito tóxico sobre o gorgulho (Cylas formicarius elegantulus) da batata-doce e o besouro adulto da broca do café (Hypothenemus hampei).
6 - O Aedes aegypti pode ser combatido com guiné – verdade. A planta contém dibenziltrissulfeto, uma substância citotóxica que se mostrou um eficiente larvicida do mosquito. Contudo é necessário um processo industrial para a produção do inseticida.
7 - O chá de guiné emagrece – mito. Não há nenhuma evidência científica ou da medicina popular que comprove essa afirmativa.
Agora você conhece as características, as propriedades, os usos, os benefícios da guiné, uma das plantas mais pesquisadas ao redor do mundo. Além disso, ela tem um significado espiritual que amplia sua finalidade medicinal e ornamental, sendo um símbolo de proteção, boa sorte e evolução. Descubra a respeito de outras plantas que compõem o Oráculo Floral e surpreenda-se com o que elas podem acrescentar na sua vida. Clique nos links abaixo!
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